Meu Professor 2

Início de uma vida nova

Depois de tomarmos café com a Maria e colocar o papo em dia, subimos para o quarto.

- Esquecemos o vestido dentro do seu carro, Arthur.

- É mesmo, depois eu busco para você.

Começamos a desfazer a mala e deixar a roupa suja dentro do cesto.

- Você não quer trazer suas coisas para cá hoje, não!? Durante a semana vai ser meio complicado, já que suas aulas já vão ter começado. - Sugere.

- É, acho uma boa ideia.

- Eu vou buscar o seu vestido e a gente vai daqui a pouco.

- Está bem, meu amor.

Ele se despede com um beijo e sai, me deixando sozinha.

Termino de arrumar as coisas e guardo nossas malas. Aproveito para tomar um banho rápido e tomar minha pílula. Quase me esqueço.

- Entregue, senhorita. - Ele diz com o vestido em mãos.

- Obrigada. - Pego a caixa que provavelmente a Jenny, ou a Maria trouxeram para mim da outra casa. - Tenho que guardá-lo com cuidado.

- Tem razão. 

- Exatamente. Sem querer abusar da sua boa vontade, mas já abusando... -Sorrio. - Você poderia colocar a caixa na parte de cima do guarda-roupa, por favor?

- Claro, mas não pense que tudo sairá de graça. Pretendo acertar nossas contas mais tarde. - Diz.

Balanço a cabeça negativamente e lhe entrego. Uma das vantagens de ter alguém alto ao seu lado é poder usar isso a nosso favor.

- Pronto, podemos ir.

- Já?! Você é rápido, hein!?

- Sou bom no que faço. - Zomba.

- Convencido. - Reviro os olhos.

Terminamos nossas provocações sorrindo e saímos do apartamento.

- Eu me lembrei daquele dia em que te dei carona. - Comenta. - Você não queria aceitar.

- Eu estava com muita vergonha e você não ajudou muito.

- Por quê?

- "Você mora sozinha?" - Repito sua pergunta. - Depois dessa, devo ter ficado igual um pimentão de tão vermelha.

- Eu queria saber se você era comprometida.

Opa, revelações.

- Sério?! - Ele concorda com a cabeça. - Confesso que eu também quis saber.

- Então o interesse era mútuo.

- Com certeza. - Digo.

E olha como estamos hoje.

Depois de alguns minutos, chegamos na minha casa.

- Posso entrar aqui ainda?! - Entro na sala e vejo a Kate e o Miguel sentados no sofá.

- Anne! - Ela se levanta rapidamente e me dá um abraço apertado. - Não sabia que já tinham chegado.

- Só tem algumas horas que voltamos. – Arthur diz.

- Como foi? Gostaram do hotel? – Miguel pergunta.

- Sim, é incrível. Apesar de termos ficado pouco tempo, aproveitamos muito. – Sorrio com as lembranças.

- Sentem-se. – Kate tira a almofada largada no sofá.

- Me diz, Anne... você não se arrependeu ainda de ter se casado com o Arthur não, né?! – Miguel o provoca.