Quase uma família

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Alguns dias depois...

Daqui a pouco o Arthur vai chegar aqui no orfanato para conversarmos com a dona Ruth sobre a adoção do Pedrinho.

Tenho estado radiante ultimamente. Feliz por ter resolvido os problemas do meu casamento, pela chegada da minha formatura e principalmente pelo motivo que mais tem me animado.

- Anne, pode montar mais um cronograma de consultas, por favor?  Fernando pede, enquanto estamos na nossa sala.

- Claro. - Sorrio.

- Notei que está bem melhor esses dias. - Comenta.

- Acertou em cheio. - Digo.

- Então já resolveu aquele assunto que estava te chateando?!

- Depois de um momento estressante, me acertei com meu marido.

- Que bom. - Sinto um pouco de desapontamento em sua voz.

Será que tem algo a ver com aquela tentativa de me beijar? Já conversamos sobre isso e foi coisa do momento, segundo o próprio.

- Bem... estou um pouco ansiosa, por que vamos dar início ao pedido de adoção.

- Tenho certeza que o Pedrinho vai ser muito feliz ao seu lado e não precisa ficar preocupada. É óbvio que ele não vai recusar, Anne.

- Espero que sim.

Nossa conversa termina e foco no meu trabalho.

Se passa uns vinte minutos e alguém bate na porta.

- Pode entrar. - Fernando diz.

O Cris coloca apenas a cabeça para dentro da sala e sorri.

- Anne, o seu marido chegou e está lá na sala.

- Ah, obrigada. Já vou - Começo a imprimir a tabela que acabei de fazer.

- Está liberada, senhorita. - Brinca.

- Obrigada, chefe. - Bato continência e saio do escritório.

Caminho até o encontro do Arthur e o vejo entrosado com as crianças.

- Oi. - Me aproximo.

- Chegou sua amada. - Valentina comenta.

- Meu amor. - Ele me cumprimenta com um beijo rápido, dando espaço para suspiros zombadores e alguns assobios.

- Podem parar. - Os repreendo sorrindo.   - Vamos? A Ruth está nos esperando. - Lhe digo.

- Claro. - Segura minha mão. - Até mais, crianças.

O guio pela casa, até uma porta de madeira e depois de duas batidas, ela libera nossa entrada.

- Com licença. - Entramos. - Dona Ruth, esse aqui é o meu marido, Arthur. - Os apresento.

- Como vai, senhora? - Estende a mão para cumprimentá-la. 

- Muito bem. Sentem-se, por favor. - Aponta para as cadeiras à sua frente. - A Anne me adiantou um pouco o assunto.

Nos acomodamos um ao lado do outro.

- Ótimo. Conversamos muito e queremos a guarda do Pedro. - Diz.

- Fico muito contente. Esse menino chegou aqui com uma história bem pesada e um lar cheio de amor é o que mais precisa.

- Daremos isso a ele. - Me manifesto.

- Eu vou entrar em contato com o juizado de menores e então daremos início ao processo. Caso seja aprovado, o que é quase certo, poderão ter um período de adaptação com o menino de aproximadamente quinze dias. Preciso da documentação de vocês.

Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora