Desenhos especiais

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Esse final de semana está sendo péssimo para mim.

A Lisa veio aqui mais cedo e passamos muito tempo conversando. Assim como a Kate, ela também ficou chocada com a notícia e muito brava também.

A campainha toca, interrompendo o preparo do meu maravilhoso sanduíche.  Deixo as coisas na bancada e vou entender a porta.

- Oi, minha filha.

- Pai. - Lhe dou um sorriso. - Entra, por favor.

Ele se aproxima e me dá abraço.

- Tudo bem com você? - Pergunta.

- É... - Bem não é a palavra, certo?! - Tudo. - Minto. - Senta. - Tiro a almofada largada em cima do sofá e me junto ao seu lado.

- Mesmo?! Fui na sua casa, mas a Maria disse que veio para cá. - Diz.

- Vim passar uns dias com a Kate.

Seu olhar preocupado paira sobre mim.

- Então, parece que dessa vez a briga é séria. - Comenta. - O que aconteceu?

Eu não acho que deveria dizer sobre a traição, ou possível traição. Tenho quase certeza que ele iria discutir com o Arthur e já basta de confusão.

- Ah pai... só algumas coisas que me deixaram chateada e preferi vim para cá.

- Tudo bem, não precisa entrar em detalhes. Como está se sentindo?

- Muito mal. - Respondo.

- Imagino que esteja sendo difícil, mas vocês dois se amam e logo, logo tudo se resolverá.

- Às vezes não podemos levar em conta somente o emocional. A decepção dói muito. - Digo.

Ele se aproxima e me puxa para um abraço. Deito minha cabeça em seu peito e me aperto mais ao seu corpo.

- Minha filha... Eu não sei o que aconteceu ao certo, mas tenho a total certeza do amor que o Arthur sente por você. Muitos problemas aparecem em um casamento, só depende de nós enfrentá-los. Não deixe que nada atrapalhe a felicidade e a união de vocês. Lute para que isso não aconteça.

Suas palavras mexem comigo e lembro da explicação do Arthur. E se for verdade?

- O senhor já teve muitos desentendimentos com a Cíntia? - Pergunto.

- Você não imagina o quanto. - Sorri. - Alguns mais sérios que outros, mas sempre tínhamos uma coisa em mente.

- O quê?

- Nosso amor. - Diz. - Fizemos um pacto de que se um dia não estivéssemos mais satisfeitos em conviver juntos, seríamos honestos em admitir isso para evitar brigas que só nos prejudicariam. Mas olha como estamos... casados até hoje. Eu a amo como sempre amei e separação é uma coisa que jamais passou pela minha cabeça.

- Parece que esse acordo funciona então. - Comento.

- Posso afirmar que para nós, sim. Você e o Arthur devem se unir e resolver os problemas. Não dá para fugir e deixar para depois. É um conselho que te dou.

- Obrigada, pai. Que bom que o senhor veio.

- É claro que eu viria. - Me dá um beijo no topo da cabeça. - Poderia ter me ligado antes, ou ido lá para casa.

- Ah pai, eu preferi ficar com a Kate. Ela já está acostumada a me consolar. - Dou um pequeno sorriso.

- Tudo bem, mas saiba que te receberia com o maior prazer.

Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora