Noite nada feliz

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Chegou o dia da festa oferecida pela empresa do meu pai.

Como é sábado, não fui ao orfanato, então passei no shopping e comprei um vestido para essa noite.

Como de costume, o Arthur já terminou de se arrumar e me espera lá embaixo.

Falta só o batom e... pronto. Dou uma última olhada no espelho, pego minha bolsa e saio do quarto.

Desço as escadas cuidadosamente para não pisar na barra do vestido. O vejo observando minha vista favorita e me aproximo.

- Gosta do que vê?! - Brinco.

Ele se vira e seus olhos deslizam pelo meu corpo.

- Não mais do que tenho à minha frente... Está linda, meu amor.

- Obrigada. Você também.

Seu terno preto feito sob medida, desenha seu corpo definido pelas horas que dedica em se exercitar.

- Podemos ir? - Pergunta.

- Claro.

Seguro em seu braço e saímos do apartamento.

Depois de alguns minutos no trânsito, chegamos ao espaço que foi alugado para a comemoração.

Graças a Deus não tinha jornalistas na entrada. Pelo que vejo, só alguns fotógrafos andando pelo salão.

- Quanta gente. - Comento.

- Seu pai é um empresário muito conhecido. É normal que tenha muitos convidados. - Ele diz, enquanto caminhamos.

Por falar no Senhor Vicente, o vejo conversando com um grupo de pessoas. Acena para esperá-lo terminar.

O garçom se aproxima, nos oferecendo uma taça de champanhe.

- Obrigada. - Lhe dou um sorriso gentil.

Eu conheço alguns rostos das vezes que fui à empresa. Como me tornei uma acionista, tenho que comparecer a algumas reuniões que não são de total importância. É mais coisa burocrática. Meu pai sabe muito bem que não entendo nada à respeito.

- Filha. - Ele chama minha atenção. - Como você está linda. - Me dá um abraço.

- Obrigada. Está podendo também, senhor Vicente. - Brinco, por que está todo elegante, aliás como sempre. - Cadê a Cíntia?

- Ah, ela fez questão de oferecer os doces da festa e está cuidando lá na cozinha. Daqui a pouco vem ficar com a gente. Tudo bem, Arthur? - Estende a mão para cumprimentá-lo.

- Tudo ótimo. Parabéns pela festa.

- Que isso. Fiquem à vontade. - Sorri. - Chegou um casal que fizemos negócio recentemente. Licença, vou recebê-los.

Sai em direção à entrada.

Conversamos com alguns grupos, mais pela influência do Arthur, já que ele também conhece as pessoas desse meio.

O deixei sozinho e fui para a mesa de doces, afinal discutir finanças não é minha área mesmo.

- Oi, Anne. - Cíntia se aproxima sorridente.

- Oi, finalmente te vi.

- Eu estava lá dentro ajudando minha equipe. - Diz.

- Meu pai falou que os doces são da sua confeitaria e olha... está uma delicia. Já provei uns três.

- Obrigada. Que bom que gostou. E o Arthur? - Pergunta.

- Está com alguns empresários, mas como não é o meu assunto preferido, resolvi dar uma volta.

Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora