Outro mal estar

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Arthur me trouxe até a empresa e depois foi trabalhar. Subi para o escritório, já encontrando o Fernando em sua mesa.

– Bom dia. - Me cumprimenta.

– Oi, bom dia. Tudo bem? - Acomodo em minha cadeira.

– Tudo ótimo. Consegui mais uma parceria. Mandei por e-mail as informações.

– Perfeito. - Sorrio.

Começo a agilizar minhas coisas, até meu celular tocar. O procuro na bolsa e vejo quem é.

– Oi pai. Bom dia. Algum problema?

- Por que você sempre acha que algo esta errado? - Ouço sua risada.

Me preocupo com o senhor.

Então pode ficar tranquila, pois estou em perfeito estado.

Que bom, Senhor Vicente. - É minha vez de ri.

Mas liguei para tratar de algo mais importante. - Diz.

Franzo as sobrancelhas em confusão.

Claro. O que é?

Falei sobre o projeto com uma de minhas clientes e ficou muito interessada em ajudar.

Sério?! Isso é ótimo.

Sim, mas acontece que ela vai sair para uma temporada de viagens amanhã e ficará alguns meses fora, então vocês teriam que marcar um encontro para hoje.

Olho meu relógio. Será que dará tempo? Tenho consulta logo no início da tarde.

Pai... - Busco por um papel e caneta. - Me passa o número que vou ver o que conseguimos aqui. - Peço.

Está bem. - Ele fala o contato.

Muito obrigada pela indicação.

Não precisa agradecer, minha filha. Espero que consiga uma boa ajuda. Vou te deixar trabalhar agora.

O dever me chama. - Brinco. - Nos falamos mais tarde. Te amo, pai.

Também te amo, Anne. Até.

Finalizamos a chamada.

– Fernando. - Me levanto e caminho até a sua mesa. - Parece que essa mulher se interessou em ajudar o projeto, mas precisamos marcar um encontro somente hoje. Você pode ligar e ver um bom horário?

– Claro, Anne. - Pega o papel da minha mão. - Provavelmente não conseguiremos uma reunião na parte da manhã, mas não se preocupe. Acho que posso ir, sem problemas. O dia no orfanato está bem tranquilo.

– Se conseguir, será perfeito. Estou ocupada durante à tarde. - Digo.

Ele acena, sorridente e pega o telefone para fazer a ligação. O deixo sozinho e volto ao que estava fazendo.

(...)

Por fim, o encontro será no meio da tarde e o Fernando disse que é um horário que poderá ir.

Depois de almoçar, fui abrir o consultório.

Em minha sala, atendo os dois pacientes do dia e depois que o último sai, chamo a Mari para levar as fichas e arquivá-las.

– Olha... eu queria que você as digitasse para... - De repente um mal estar se instala em mim e me apoio na cadeira.

– O que foi, Senhora? - Se aproxima e segura meu braço. - O que está sentindo? Senta aqui.

Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora