O que será que está acontecendo?

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Mais um dia na faculdade se foi. Me despedi do pessoal e fui encontrar o Dominic.

Ele estava conversando com uma garota e o assunto parecia ser sério. Não sei se devo me aproximar e atrapalhar.

Eu já vi essa menina por aqui, mas não sei qual curso ela faz.

Diminuo a velocidade dos meus passos e noto o olhar profundo dos dois. Dominic me percebe e termina a conversa.

- Anne, boa noite. - Diz.

- Boa noite. - Cumprimento-os.

- Essa aqui é a Sofia. - Me apresenta.

- Prazer conhecê-la. - A moça diz gentilmente.

- Igualmente.

- Com licença, mas eu tenho que ir. - Ela sorri e vai embora.

- Vamos? - Ele volta a sua postura profissional.

- Sim.

Entramos no carro e permanecemos em silêncio, mas minha boca grande resolve se intrometer.

- A Sofia estuda na faculdade? - Pergunto.

- Não, ela trabalha na administração não tem muito tempo. Eu não sabia disso.

Sinto que tem algo a mais nisso. Será que ela é a...

- Espera. - Me olha. - Desculpa perguntar, mas a Sofia é a mulher que você me contou outro dia?

- Sim.

Meu queixo quase cai. Que coincidência. Sabia que aqueles olhares tinham mais coisas do que uma simples conversa casual.

- Ela é muito bonita. - Comento. Eu sei que devia parar de falar, pois é um assunto delicado, mas... - Por que vocês não se dão uma nova chance?

- Nova chance? Para quê? Nossa história já acabou.

- Discordo. Está na cara que os dois ainda se gostam e se no passado o problema era sua carga horária, já é meio caminho andado. Depois que o Arthur te contratou, seu serviço é como de qualquer pessoa. - Digo.

Ele pensa um pouco, mas não responde nada.

- Eu sei que não tenho nada a ver com sua vida, mas eu gosto muito de você, Dominc. Nos conhecemos a um bom tempo e já passamos por várias coisas. - Infelizmente me lembro do Jorge. - O que eu quero dizer, é que você é uma ótima pessoa e deve ser feliz. Se esse sentimento é recíproco, por que criar obstáculos?

- Obrigado por suas palavras, Anne. Também tenho um enorme carinho por você, mas as coisas não são tão fáceis. Não depende somente de mim.

- Eu sei que não, mas o que te impede de ir lá e dizer o quanto você a ama e mostrar que está disposto a enfrentar tudo para estarem juntos novamente?

Seus olhos continuam perdidos na estrada e acho que está pensando na minha ideia. Tomara.

- Você sempre enfrentou situações perigosas, foi até uma casa cheia de seguranças armados e ajudou a me salvar. Não diga que está com medo logo agora?! - Brinco para descontrair o clima.

Sua risada confirma minha tentativa.

- Eu te agradeço por querer me ajudar e... Talvez esteja certa. Não há mal em arriscar.

Dessa vez, sou eu quem abre um enorme sorriso. Sinceramente, espero qie tudo dê certo. Ele merece se feliz com, ou sem ela.

Parece que ter sido curiosa e intrometida pode ter funcionado dessa vez.

Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora