Um chega para lá

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Alguns dias depois...

Nesse meio tempo, nos instalamos em nossa sala, oferecida pelo Senhor Camargo. Fernando e eu, demos início ao nosso projeto. Fizemos um levantamento das instituições mais necessitadas de ajuda, pessoas físicas e algumas ONG'S. Também entramos em contato com algumas empresas que possam nos apoiar, entre elas a do meu pai e a do Arthur.

- Anne, não consegui marcar nenhuma reunião com a Senhora Valverde. - Ele diz.

- Eu acho que ela não quer é nós receber. - Comento.

- Sim, tive a mesma impressão. - Risca o seu nome da lista.

Bem, ninguém é obrigado a ajudar.

- Então vamos focar nos encontros que temos hoje. - Digo. - As dez com o Senhor Vicente Alencar (meu pai), um almoço com o coordenador do abrigo e no início da noite na Monteiro&Silva (com meu amor).

Oficialmente o nosso turno é só durante a manhã, pois o Fernando ainda trabalha no orfanato, mas como conseguimos somente esse horário com o Arthur, iremos de qualquer forma.

- Ótimo. Vamos separar o material.

Buscamos pela papelada que criamos para apresentar nossa proposta. Além de informações, temos fotos de todos os lugares que pretendemos investir e os que já estão incluídos no plano.

Depois de tudo distribuído em pastas, saímos da empresa e fomos para o nosso primeiro compromisso.

Caminhamos até a recepção e somos recebidos por uma linda jovem, sorridente.

Apesar de ter vindo poucas vezes aqui, creio que seja uma nova funcionária.

- Olá, bom dia. Em que posso ajudar?

- Bom dia, temos uma reunião com o Senhor Alencar. - Digo.

- Claro, só um minuto. - Se inclina para mexer em seu computador.

Um homem, que esse sim já vi antes, se aproxima e a interrompe.

- Não precisa, ela é a filha do Senhor Vicente. Podem subir. - Libera nossa entrada.

- Desculpa, senhorita. Eu não sabia. - A moça se justifica.

- Imagina, não há problema algum. - Sorrio gentilmente. - Com licença.

Passamos pelas catracas de segurança e fomos para os elevadores.

Já no último andar, somos recebidos por sua secretária pessoal que nos encaminha até a sala.

- Com licença, Senhor Vicente.

Ele tira os olhos do computador e quando nos vê, abre um sorriso.

- Entrem, por favor. - Se levanta e caminha até mim. - Filha. - Me abraça fortemente. - Pode ir Sarah, obrigado. - A moça se retira. - Olá, Fernando. - O cumprimenta com um aperto de mão.

- Bom dia, Senhor. - Retribui, sorridente.

- Tudo bem? - Pergunto.

- Perfeitamente bem, sentem-se. - Aponta para as grandes poltronas em frente à sua mesa.

Nos sentamos e em poucos segundos começamos nossa apresentação que dura um bom tempinho.

- Estão de parabéns. - Meu pai diz ao fim. - Vocês passaram para mim uma verdade, algo diferente. Se continuarem desse jeito, terão muito sucesso.

- Que bom que gostou. - Fernando diz.

- Muito e é uma causa nobre na qual quero participar e contribuir da melhor forma possível.

Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora