Primeira consulta

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Desperto com o toque de lábios quentes em meu rosto.

- Bom dia, mamãe mais linda desse mundo.

Me espreguiço e finalmente abro o olhos para observá-lo com um lindo sorriso.

- Bom dia, futuro papai babão. - Sorrio.

- Quanto atrevimento, Senhora Monteiro… Tudo bem… Admito que provavelmente serei assim.

Sinto um delicioso cheiro e meu estômago dá indício de que precisamos ser alimentados.

- Trouxe o seu café da manhã. Sente-se. - Estica os braços para pegar a bandeja e depois a coloca em meu colo. - Não é só isso.

Franzo as sobrancelhas em confusão.
Ele tira atrás de si um lindo buquê de rosas vermelhas.

- Arthur… - Pego de suas mãos. - Obrigada, meu amor. São lindas.

- E suas preferidas, certo?!

Concordo com a cabeça, enquanto sinto o perfume doce e fresco das pétalas.

- Algum motivo especial para todo esse carinho? - Pergunto, mesmo sabendo a resposta.

- Um pequeno agrado para minha esposa, já que ela me faz muito feliz. Coma, ou vai esfriar.

Olho o que tem à minha frente e não é pouca coisa. Pães, café, queijo, iogurte, suco e muitas variedades de frutas.

- É… quantas pessoas comerão com a gente? - Brinco.

- Vocês dois precisam se alimentar bem. - Diz. - Principalmente com coisas saudáveis.

- Claro. Você quer dizzer sem hambúrguer, pizza e frituras? Eu acho que dessa vez não tenho como fugir, não é?!

- Não sejamos tão radicais, mas pode se preparar. - Sorri.

- Ah não. - Faço um pequeno drama. - Mas eu faço qualquer coisa para que essa criança que está aqui, cresça com muita saúde.

- Me sinto mais liviado por ouvir isso.

Obviamente fica.

Começamos a comer em silêncio. Adoraria que meu bolo preferido estivesse aqui, mas não posso nem sentir o cheiro. Por que não consigo comer uma das coisas que mais amo? Já está aprontando comigo, não é pequeno?!

- O Pedro já acordou? - Pergunto.

- Ainda é muito cedo.

- Eu estive pensando sobre sua reação quando contarmos a nóticia. - Comento. O que acha?

- Creio que ficará feliz, mas não tem como prever.

- Fico com receio que se sinta inseguro.

- Mesmo que isso aconteça, o faremos entender que não é necessário. Amaremos os dois igualmente. - Diz.

- Exatamente, meu amor.

Independente de sua reação, farei de tudo para fazê-lo se sentir confortável.

Pego minha xácara e meus pensamentos voam sobre esse assunto.

Comemos tranquilamente e não é que a bandeja ficou vazia e bem… digamos que eu tenha mais culpa do que o Arthur.

Me levantei e fui ao banheiro lavar o rosto e escovar os dentes.

Ele logo se aproxima por trás e segura minha cintura.

- Algum problema, Senhor Monteiro? - O olho através do espelho.

- Um pouco de saudade, talvez. - Devagar, coloca meu cabelo para o lado e distribui alguns beijos pelo meu pescoço.

Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora