Um sinal de recuperação

12.5K 993 72
                                    

Me espreguicei na cama e vi que já é noite. Nossa! Dormi bastante. Pego meu celular e já são sete e meia.

Levanto ainda tonta de sono e vou para o banheiro. Lavo o rosto e escovo os dentes, fazendo minha preguiça ir embora.

Será que o Arthur não voltou ainda?

Saio do quarto e desço as escadas. Quando terminava os degraus, sua voz me chama a atenção.

- Meu amor, que bom que acordou. - Ele vinha da cozinha.

- Dormi muito. Por que não me chamou?

Sua mão segura a minha.

- Quis te deixar descansando. Você precisava disso. - Diz.

- Obrigada, me sinto melhor agora.

- Que bom, vem comigo. - Me puxa em direção a sacada.

A mesa que fica aqui está montada com pratos, talheres e uma rosa vermelha posta em um pequeno vaso.

- Gostou? - Pergunta.

- Claro, meu amor. Que lindo. - Fico na ponta dos pés e lhe dou um beijo.

- Então, sente-se por favor, senhorita. - Puxa a cadeira para mim.

- Hum... obrigada, cavalheiro. - Brinco e me sento.

- Vou buscar nosso jantar, não demoro.

- Tudo bem.

Ele volta para a cozinha e aproveito para admirar mais uma vez as luzes da cidade. O senhor Monteiro sabe como me conquistar.

Olhando para o horizonte, me lembro do Vicente. Espero que nada de ruim tenha acontecido desde que saímos do hospital.

- Pronto.

Saio dos meus pensamentos com o Arthur colocando a travessa à mesa.

- O cheiro está gostoso. - Comento.

Se sentando à minha frente, sorri para mim.

- Espero que goste.

- Você que cozinhou? - Pergunto.

- Sim. Me dê seu prato que te sirvo. - Pede.

Lhe entrego a louça.

- É sério que você fez lasanha?! Pensei quero chefe Arthur Monteiro só fizesse pratos da alta gastronomia.

- Eu soube que gosta muito e como a surpresa é para você, tenho que te agradar.

- Muito obrigada, meu amor. - Seguro sua mão. - Sou a mulher mais feliz por te ter ao meu lado.

- Eu que sou o homem mais realizado por ter encontrado você. Te amo.

Lhe dou um sorriso carinhoso.

- Vamos comer antes que esfrie. - Diz.

Concordo e provo a massa à bolonhesa.

- Está muito bom, Arthur. Que delícia. - Elogio.

- Sou um chefe de cozinha, certo?! - Se gaba.

- Claro. - Reviro os olhos. - Mudando de assunto... a Cíntia não voltou ainda?

- Não, ela ligou e disse que ficará em casa essa noite e amanhã cedo vai visitar o seu pai.

- Ah, tomara que fique bem sozinha, apesar de ter os empregados. - Digo.

- É, totalmente só não estará.

Continuamos a comer e fomos para outro rumo de conversa. Um mais descontraído e sem o peso que temos passado, até me diverti e por um tempo deixei minhas angústias de lado.

Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora