Me desculpa?

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Seus olhos colados aos meus, me deixam um pouco desconcertada.

- Arthur... - Me afasto um pouco. - As coisas não são assim.

- Eu sei que está chateada, mas quero me desculpar pela minha atitude idiota.

Lisa já voltou para a mesa.

- Você não tem que se desculpar só comigo, mas também com eles. - Digo.

Nos aproximamos do restante do pessoal e me sento na minha cadeira.

- Boa noite. - Ele diz. - Eu queria agradecer a todos por terem ido comemorar o meu aniversário e pedir desculpas por ter agido daquela forma.

- Foi bem desnecessário. - Miguel comenta.

- Sei disso, mas de verdade, espero que possam me perdoar... principalmente a Anne. - Me olha.

Suas palavras me parecem sinceras, mas ainda estou triste com seu comportamento e não é de uma hora para outra que irei esquecer o que aconteceu.

- De qualquer forma, senta aí com a gente. - Erick diz.

Pegando uma cadeira vazia da mesa ao lado se junta a nós.

O clima fica um pouco desconfortável por um momento, mas logo passa e a conversa continua normalmente.

- Vou pegar uma bebida. - Digo e me levanto.

Caminho até o bar e peço mais um drink.

- E aí?! - Kate para ao meu lado. - Como está com o Arthur?

- Não sei ainda. Eu não gosto de ficar assim com ele, mas estou chateada.

- Sei que sim. Vocês precisam conversar e cada um entender o que o outro está sentindo. - Diz.

- Tem razão.

Ela me dá um sorriso carinhoso.

- Senhorita. - O barman me entrega o copo.

- Obrigada. - O agradeço.

Voltamos para a mesa e começo uma conversa paralela com a Lisa, enquanto vou bebendo. Noto que o Arthur me olha diversas vezes, mas não quero falar com ele por enquanto.

Erick voltou ao bar e trouxe uma garrafa de vodka, completando nossos copos quando ficava vazio.

O álcool começou a fazer efeito em mim.

- Anne, vamos. - Lisa aponta para o palco.

- Bora. - Concordo sorridente.

Me levanto com um pouco de dificuldade, mas ela segura meu braço e vamos até os microfones.

- Que música você quer cantar? - Pergunta.

- Não sei... tem que ser uma fácil pra não esquecermos a letra.

Folheamos o caderno e escolhemos a de uma banda que gostamos muito.

Não podemos deixar de dançar ao som eletrizante que ressoa pelo ambiente.

Lisa começa a introdução e eu entro um pouco antes do refrão. O pessoal das mesas nos olham divertidos. Eles não estão nos julgando, mas sim gostando da nossa performance atrapalhada.

Minhas percepções não estão muito boas, graças aos copos de bebidas. A cada troca de pernas, me esforço para não pagar nenhum mico caindo aqui.

Quando terminamos nosso "show", os clientes nos aplaudem e fazemos uma reverência de agradecimento

- Já podemos começar uma carreira. - Lisa brinca, enquanto voltamos ao nosso lugar.

Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora