Arthur trouxe nosso café na cama.
- Você nem me contou como foi seu dia ontem. - Diz.
- Foi muito interessante. Não tive tempo de conversar com todas as crianças, mas as que conheci são muito especiais e acho que vou me dar bem com o Fernando. - Bebo um gole de café.
- Fernando?! - Franze as sobrancelhas.
- Ele é o meu supervisor e é muito divertido, principalmente com a garotada.
- Hum... e o Doutor Fernando é um bom psicólogo? - Pergunta.
- Creio que sim, já que trabalha no orfanato à bastante tempo. - Pego um pedaço de bolo. - Tem um menino que me chamou muito atenção. - Comento.
- É mesmo?! Por quê?
- Ele se chama Pedro e só tem cinco anos. O pai perdeu a guarda por que o explorava, fazendo pedir dinheiro nas ruas, até que sofreu um acidente e o Conselho Tutelar tomou providências.
- Nossa, coitada dessa criança. Esse homem está preso, certo?!
- Não sei, parece que ele foi denunciado, mas se está preso não tenho certeza... O menino é tão lindo, Arthur. - Sorrio lembrando do seu rosto angelical. - Infelizmente teve que passar por tanta coisa. É só uma criança que precisa de amor. Vai ser um pouco difícil tratá-lo, já que tem medo e não confia nas pessoas ao seu redor.
- Vocês terão que ter muita paciência e fazê-lo se sentir confortável. - Diz.
- É, vou fazer de tudo para ajudá-lo e claro, as outras crianças também.
- Não duvido que conseguirá. - Me dá um sorriso.
- Obrigada, meu amor.
Continuamos a comer e depois nos arrumamos.
- Me ajuda com a gravata, por favor. - Pede.
Durante esse tempo, finalmente aprendi como dar um nó perfeito.
- Você sabe muito bem fazer isso, Senhor Monteiro. - Me aproximo e paro em seu frente.
- Sim, mas não quer dizer que não goste que minha esposa me faça esse favor.
- Tudo bem, só não se acostume. - Pego o pano de seda.
- Claro. - Diz.
Trocamos olhares e foco em não deixar o nó torto.
- Pronto. - Digo quando termino.
- Obrigado, meu amor. - Agradece.
- De nada, espertinho.
Coloco meu celular dentro da mochila e descemos para a sala.
- Só um minuto que deixei o notebook no escritório. Já volto. - Diz.
- Está bem.
O telefone fixo começa a tocar e estico o braço para poder pegá-lo.
- Alô. - Atendo a chamada.
- Oi, minha filha. Bom dia.
- Bom dia, pai. Aconteceu alguma coisa para você se ligado para esse numero? - Pergunto preocupada.
- Não, mas você não atendeu o celular, então resolvi tentar nesse.
- Desculpa, ele está dentro da mochila e esqueci de tirar do silencioso.
- Não tem problema. Liguei para saber como foi o seu primeiro dia no orfanato. Achei que fosse me contar as novidades ontem.
- É... que eu... cheguei cansada e caí na cama rapidinho. - Minto, já que não era bem isso que eu estava fazendo, mas deixa para lá. - Foi tudo muito bom, pai. As crianças, os funcionários, o psicólogo que vai me supervisionar, enfim parecem ser boas pessoas.
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Meu Professor 2
RomanceEsse livro é a continuação de " MEU PROFESSOR" . É de essencial importância que leia o primeiro, ou ficará perdido nessa história. Anne foi sequestrada e como conseguirá sair dessa? O seu grande amor irá salvá-la? O amor entre os dois resistirá d...