Acabei de prestar depoimento para os policiais que vieram aqui em casa.
Relembrar tudo o que aconteceu não é fácil, mas sei que é importante e assim os responsáveis pagarão pelo que fizeram.
– Muito obrigada, Senhora Monteiro. - A policial me agradece. - Gostaria de pedir sua ajuda e a do pai para conversarmos com o menor.
- Claro. Fico até mais tranquila em poder participar. - Digo. - Vou buscá-lo. - Me levanto e caminho até as escadas.
Chegando em seu quarto, o encontro deitado na cama.
– Oi, meu amor. - Sento ao seu lado. - Se lembra que dizemos que algumas pessoas viriam aqui para saber como aconteceu aquele fato chato?! Então, eles estão aí. Vamos lá? - Pergunto.
Concorda com a cabeça.
Seguro em sua mão e volto a descer para a sala.
– Senta aqui, filho. - Arthur o chama.
Ficamos nós três no sofá.
Explicamos a situação psicológica que o Pedro passou, por isso liberam nossa presença, contanto que não influenciássemos em nada.
– Tudo bem? - A mulher lhe dá um sorriso gentil.
– Tudo. - Responde.
– Eu gostaria de saber algumas coisas sobre o dia em que o Edgar te pegou na escola. Como foi?
Coloco uma mão em seu ombro para incentivá-lo.
– Eu saí da sala, fui para o pátio com meus amigos e estava esperando a van, quando ele chegou.
– E você foi com o Edgar por vontade própria? - Pergunta.
Eu e o Arthur já sabemos tudo o que aconteceu. Nós três conversamos bastante.
– Não queria ir, mas ele disse para não gritar, ou nunca mais veria a mamãe e o papai.
Fiquei com tanta raiva quando contou isso e mesmo ouvindo outra vez, me enfureço.
– Pedro, depois que saíram de perto da escola para onde foram? Você conhecia o lugar?
- Não. Entramos em um ônibus e depois andamos muito. Minhas pernas estavam até doendo. Chegamos em uma casa bem bonita e depois entramos em um quarto meio escuro. Tinha duas pessoas lá dentro.
– Eram essas? - Mostra as fotos da Helena e o outro homem.
– Eu só vi a moça.
– O que mais aconteceu nessa sala? - Questiona.
– Eles falaram de... - Olha para minha cara para lembrá-lo a palavra.
– Dívida. - Completo.
– Depois fiquei sozinho. A moça me levou até um quarto.
– Ela disse alguma coisa para você?
Essa é outra parte que me irrita.
– Falou para ficar quieto, que não gostava de criança e que levaria minha mãe para ela.
– Entendi. Como foi depois disso? - Escuta atentamente.
– Fiquei sozinho e outra moça veio cuidar de mim. Ela era legal. Me deu um brinquedo, comida, água, mas eu não quis, porque estava com medo.
Com isso, quase que passa mal. O médico disse que por pouco não aconteceu nada grave.
Ficamos sabendo pelos investigadores que essa tal mulher foi contratada justamente para cuidar do meu filho, porém não a encontraram até agora.
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Meu Professor 2
RomanceEsse livro é a continuação de " MEU PROFESSOR" . É de essencial importância que leia o primeiro, ou ficará perdido nessa história. Anne foi sequestrada e como conseguirá sair dessa? O seu grande amor irá salvá-la? O amor entre os dois resistirá d...