Levante e lute!

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*Dylan On*

Depois de muito pensar, não acho que tenha como dizer isso de outra maneira, estou com um grande problema, o cara da entrada a minha direita segurava a merda de um machado que parecia cortar até mesmo o ar de tão bem afiado, ele pode arrancar um dos meus braços com aquilo se quiser, não seria nenhum grande esforço para ele. Sem contar a garota da esquerda, a louca estava com uma faca de cozinha, uma coisa é certa, se alguém arrisca entrar em uma luta com uma faca simples de cortar carne, obviamente essa pessoa deve ser anormal, até mesmo pior, ela deveria estar internada, pude jurar que a ouvi rir para a faca.

Havia um outro detalhe, não tava confiante em minha arma, havia feito ela na noite anterior e não acho que seja apropriada para essa luta, Angie me ajudou a faze-la, uma pistola com longo alcance, mas não é só isso, Angie desenvolveu balas explosivas e balas de choque, para melhor destaque a pistola também havia uma pequena faca no cabo, o problema é não posso matar ninguém. As balas irão estourar eles por dentro, consequentemente se não matar irá fazer um grande estrago.

Na verdade não quero matar ninguém, todos estão aqui com o mesmo objetivo que eu, sobreviver. Fui pego e levado para o reformatório por tortura e invasão a sistemas do governo, irônico pensar em não machucar ninguém.

No telão mostrava o tempo, sem demoras a contagem já havia começado, assim dando início a luta dentro do misterioso lugar, com receio entrei dentro do labirinto como todos os outros competidores, havia muita coisa em que se passava na minha cabeça, pensar demais estava me atrapalhando.

Estava tão escuro quando o noite um um deserto, havia baixado minha guarda por um momento tentando me localizar no extenso corredor e fui atacado pelas minhas costas, com sorte consegui desviar e desmaiar o cara com uma cotovelada bem ao lado cabeça.

Tenho que marca-lo, aliás que marca devo fazer? Se é que isso é importante agora! Tenho que me concentrar não importa o que, não queria que aquilo voltasse a acontecer por ser fraco demais para aguentar.

O cabo da minha pistola era uma faca, bem afiada, como o uniforme que tínhamos que usar era fácil de cortar por causa do elástico no ombro do cara "tatuei" 127, era fácil saber os pontos e profundidades por outras experiências passadas. Andando por lugares diferentes do labirinto esbarrei com mais cinco pessoas, não foi fácil mas consegui os desmaiar os pegando de surpresa, o último que me deparei havia me implorado para o deixar ir, falado que estava fugindo do cara com um machado na entrada da direita, pelos gritos acredito que na esquerda esteja a doida com a faca.

Fui pela esquerda, afinal me dava mais medo um machado do que uma faca de cozinha, fui devagar mas cuidadoso que o normal, sem fazer barulhos.

Duo: - Que cheiro bom, espera um pouco.

Congelei no meio da fumaça, para a minha sorte era que estava escuro de uma forma que era possível me esconder melhor, mesmo a fumaça e a pouca visão ainda tinha algo favorável a ela. A garota estava cheirando o lugar exatamente como um cachorro de um lado para o outro apenas fazendo barulhos de fungadas.

A garota sorriu levantando levemente só um lado da boca, virando sua cabeça para o lado contrário a seu sorriso macabro que estava encarando o nada.

Duo: -  Que perfume bom.

Droga, ela me descobriu, a mesma andava de um lado para o outro de guarda caso eu tentasse fugir, mas não parecia estar interessada em me encontrar naquele exato momento.

Duo: - Eu lembro desse cheiro no camarote, um Squad barulhento o seu, Senhor HMG.

Ignorei o quanto pude, me concentrei em esconder minha respiração e meus batimentos que agora estavam saltando pela minha boca, nunca pensei que uma faca de cozinha manchada de sangue seria tão assustadora

Duo: - Eu sei um pouco sobre você, Senhor Land. Sei sobre seu time também, os observei afinal há meninos muito bonitos, meninas também... Diga-me, de qual delas você gosta?

Tapei minha boca me impedindo de falar algo e estragar tudo em segundos, ela bloqueava as duas saídas andando de um lado para o outro como um real caçador paciente.

Apertei o cabo da minha arma e pensei em usá-la, mas não posso, se usar uma vez irei perder o controle.

Duo: - A pirada One Shot? A sensual Bomb? Ou seria a donzela Red Fox?

Ela veio se aproximando como se soubesse exatamente onde eu estava apenas esperando a presa fugir, conforme ela ai se aproximando me precipitei e sem querer dei um passo para trás, não conseguia me controlar de forma que minhas emoções sumissem até mesmo meus batimentos estavam acelerados.

Duo: - Red Fox? Então é isso, deixe me te contar um segredo, consigo sentir até mesmo os hormônios se exalar do seu corpo, só de escutar o nome dela seu corpo exala um perfume tão doce.

Com uma cara de imenso prazer, ela continuou falando. Se continuasse assim a garota iria me encontrar rapidamente evitar um combate de frente era essencial para sair dali ileso.

Duo: - Continuemos a falar dela, aqueles cabelos ruivos são intrigantes, pele branca como neve, corpo escultural de uma amazona, aquele ar de perigo perto dela, ela parece ser misteriosa, livre e não confia em muitas pessoas, tão complicada... Isso te atrai?

Me movi para longe dela isso não vai funcionar comigo, parece que todos tentam jogar com nossas mentes como se soubessem que somos sensíveis a esses assuntos. Me afastando cada vez mais com os olhos ainda na mesma, sem perceber pisei em algo estranho no chão e logo me dei conta, aquela garota havia feito uma armadilha antes mesmo de me encontrar. Assim que encostei na corda ao chão ela me escutou e sem nem mesmo hesitar ela veio até minha direção como um bicho sedento por sangue, corri para um lugar sem saída ficando encurralado muito facilmente.

Duo: - Tão bonito, devo te marcar no rosto?

Dylan: - Fique longe!

Se aproximando rapidamente me pressionando contra a parede, ela estava tão perto que era possível sentir sua respiração, sua faca encostava em meu rosto fazendo um pequeno e superficial corte, o sorriso dela era como se estivesse brincando com sua comida em um momento descontraido.

Duo: - Gostaria de vê-lo tentar me machucar.

A garota continuou cortando superficialmente meu rosto até o meu pescoço, de forma bizarra ela colocou a língua para fora e lambeu o sangue que escorria na minha bochecha, me dando arrepios de cima a baixo, confirmando mais uma vez o quão insana ela era, percebi que com oponentes daqueles não seria capaz de vencer me contendo igual estava fazendo desde o início.

Dylan: - Gostaria que eu a machucasse? Como quiser.

Tirei sua faca pressionada ao meu pescoço e dei um chute em seu estômagoa jogando para trás, a garota estremeceu e logo veio para cima novamente dessa vez com tudo que tinha. Com sua faca ela me pressionou mais uma vez contra a parede com intuito de me imobilizar antes mesmo de poder contra atacar, enquanto ela vinha com a faca apontada para meu estômago, deixei meus braços soltos e somente esperei com a guarda aberta a psicopata se aproximar, no momento certo sem me movimentar dei um tiro explosivo em seu pé fazendo um barulho por toda a arena.

Imediatamente Duo caiu no chão agonizando de dor com lágrimas nos olhos e seu rosto agora vermelho parecendo que suas veias do pescoço iam explodir, ela gritava como um animal abatido na mata esperando para ser executado. Olhei para baixo onde a mesma gritava no chão, seu pé havia literalmente explodido com o tiro, o sangue se espalhava sem parar ao meu da fumaça. Esse era o problema em não me segurar, essa sensação era muito boa para experimentar apenas uma vez.

Mesmo ela ainda gritando de dor, me agachei e fiz a marca 127 em seu ombro devagar e sem pressa alguma, rasgando sua pele aos poucos quase como um trabalho de arte, ver as lágrimas daquela doente era uma sensação maravilhosamente sombria.

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