Ainda tentava processar toda aquela noite enquanto andava pelo corredor do Hote, eu nunca tinha tido um encontro, nem esse romance de alguns dias, minha vida foi bem diferente de uma adolescente normal, foi bom fingir ser uma adolescente por um tempinho... Agora preciso voltar ao normal mesmo querendo sorrir para o nada e pensar sobre isso por mais tempo, eu não podia.
Puxei meu vestido longo para cima, não aguentava mais pisar nele em cada passo, segui em direção ao meu quarto tentando esquecer tudo. Até que um barulho estridente soou no corredor, vindo de uma porta aberta, larguei a calda do vestido e retirei a arma do Coldre, com uma péssima sensação andei devagar em alerta até o quarto.
Consegui escutar conversas saindo do quarto, mas não era a voz de ninguém do nosso Squad como era para ser. Tomei coragem e apareci na frente da porta ariscando tudo, lá vi os meninos amarrados em cadeiras com mordaças na boca e mais seis pessoas desconhecidas estavam a frente deles. Logo quando apareci a atenção deles caiu sobre mim, não eram desconhecidos, Squad Detroit mantinha Dylan, Rony e Jack como refém.
Robin: - Finalmente... Aliás, se me permite dizer, está muito bonita hoje, aonde foi?
Ele disse se aproximando com um olhar psicopata sempre mantendo seu sorriso e olhos sombrios, do mesmo jeito que ele se aproximava eu inevitavelmente me afastava ainda apontando a arma em todas as direções para qualquer um que se movesse.
Amy: - O que está acontecendo?! Solte meu Squad!
Robin: - Estamos apenas conversando, infelizmente você perdeu a boa conversa que tivemos.
Ele deu de ombros se fazendo de desentendido, minha arma estava apontada para a cabeça dele mas o mesmo nem se importava continuava andando e falando sozinho. Jack se debatia na cadeira, fazendo barulhos abafados com a boca e batendo os pés no chão como se quisesse falar comigo.
Robin: - Diga-me Fox, onde está Loli?
Amy: - Nem preciso te dizer que mesmo se eu soubesse não te contaria. Agora solte meu Squad e saia daqui!
Robin: - Caso contrário, vai fazer o que?
Ele me provocou olhando nos meus olhos, Robin não estava com medo das consequências, ele pedia por caos. Eu estava cansada de ser provocada, de manter a classe, de tentar me controlar, ver todos se machucarem e ter que fazer o papel de líder igual uma idiota. Fechei meus olhos por vontade própria, desejei tanto que o DNT se ativasse e que perdesse o controle só para mostrar a Robin que ele devia temer o Squad 127.
Abri meus olhos com uma leve ardência no olho esquerdo, minha gengiva doía e minhas unhas saíram para fora ficando mais afiadas que facas. Não tentei impedir o DNT, pelo contrário, queria que ele ficasse mais e mais descontrolado, eu já não me importava.
Robin: - Agora você controla seu DNT? Seu olho fica de uma cor interessante... Acha que estou assustado, Amy? ME DIGA ONDE ESTÁ LOLI!
Ele gritou e logo deu uma gargalhada estranha que me irritou até no barulho que ele emitia. Baixei a minha arma e senti um desejo anormal de estraçalhar as vísceras de todos aquelas pessoas desconhecidas, minha respiração ficava mais acelerada e minha visão estava cinza como se toda a cor estivesse apagado. Me aproximei de Robin sem nenhum medo por aquele psicopata a minha frente, ele não recuou olhou dentro dos meus olhos com insanidade saindo pelos seus olhos. Peguei o pescoço dele e tentei enfiar minhas unhas até que perfurassem seu pescoço, eu podia escutar sua respiração e até mesmo seus batimentos cardíacos.
Robin: - Enfim parece o monstro que é... Vamos para o Hotel, Detroit.
Ele retirou minha mão do seu pescoço e saiu tranquilamente pela porta com seu Squad atrás, deixando os meninos amarrados se debatendo. Cai no chão, era tudo novo para mim, nunca tinha ativado o DNT por vontade própria, respirei e recuperei o ar antes de soltar os meninos das cadeiras. Dylan e Jack vieram me ajudar rapidamente, mas Rony recuou evitando chegar perto de mim.
Jack: - Respira fundo, controle sua respiração pouco a pouco, feche os punhos e aperte bem forte, feche seus olhos e se acalme. Você vai ficar bem só precisa ter controle.
Fiz o que Jack disse, respirei fundo, tentando controlar minha respiração com os olhos fechados, apertei meus punhos, consequentemente fazendo as minhas unhas cortarem a pele da minha própria mão. Me sentia melhor de alguma forma, o sentimento e a sensação de loucura eram péssimas. Abri meus olhos e senti duas mãos geladas segurarem meu rosto.
Dylan: - Você precisa de alguma coisa? Está melhor?
Me levantei sem falar nada com Jack nem Dylan, virei minha atenção a Rony que estava bem distante e olhando surpreso como se estivesse assustafo.
Amy: - Você está bem, pequeno?
Ele apenas fez que sim com a cabeça, não se aproximou e nem olhou nos meus olhos.
Amy: - O que ele queria?
Perguntei a Dylan e Jack que estavam me apoiando para não cair.
Jack: - Queria nós torturar e ameaçar, não nós machucou mas foi uma longa noite com ele falando ao nosso ouvido.
Jack hesitou antes de falar algo.
Dylan: - Ele devia estar carente e sem nada para fazer.
Os dois disseram como se não tivesse acontecido grande coisa, não acho que tenha sido exatamente assim, parece que estavam conspirando contra algo, sem me envolver no meio.
Rony: - Ele não parou de falar sobre Loli.
Amy: - E onde exatamente ela está?
Jack: - Não sabíamos nem onde VOCÊ estava! Com essa roupa e chegando tarde assim... Não te fizeram fazer algo estranho não é, Fox?!
Era muito para minha cabeça, larguei o apoio dos dois e fui para o meu quarto, tinha sido um longo dia, precisava descansar e ficar um pouco só...
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* 17:46 *
Estávamos nós aprontando para pegar o voo, as malas já estavam prontas e estávamos apenas esperando no saguão a van preta nós buscar. Loli apareceu sem dar explicação de onde estava, apenas deu sinal de vida e se isolou de todo o resto, ela estava distante com os braços cruzados junto a sua mala, Dylan e Jack estavam bem perto de mim, me analisando e tirando suas próprias conclusões da noite passada, Rony parecia distante também, dava respostas curtas, não se aproximava, não provocava ninguém, ficou só na dele o dia todo... E Angie, bem, ninguém sabia onde ela estava.
A Van preta que sempre vinha nós buscar finalmente havia chegado, colocamos as poucas malas no carro e quando abrimos a porta para entrar havia uma garota com o rosto pálido e algumas faixas pelo corpo, ela estava sentada com um olhar meio fraco e a boca sem cor alguma, era compreensível para alguém que levou um tiro.
Rony: - Angie...
Entramos na van rapidamente e o carro seguiu o caminho do aeroporto, estávamos aliviados de ver Angie ali, porém logo bateu a preocupação, como ela ia lutar dessa forma? Nunca esteve tão péssima...
Jack: - Você está bem? Vai melhorar rápido?
Angie tentava sorrir com as poucas forças que tinha, ela respirou fundo e começou a explicar com calma e no tempo dela.
Angie: - O tiro foi no apêndice, fiz uma cirurgia para tira-lo, basicamente vai ficar bem em duas semanas. O Doutor foi muito compreensivo, apesar de falar algumas coisas sem sentido e parecer um pouco suspeito, mas foi tranquilo parecia até que ele me conhecia.
Amy: - Não é possível... Por acaso o nome desse tal doutor é Dr. Py?
Angie: - É sim, você o conhece?
Rony: - Quem do nosso Squad que não conhece? Ele me deu alguns remédios, acordei hoje sem sentir nenhuma dor nas costelas e meu braço até parece que já está ficando bom!
Angie: - Ele também me deu remédios! Ele pediu para não contar a ninguém... Disse algo sobre alguém ficar irritada se soubesse.
Era oficial Doutor Py era um cientista maluco que estava nós seguindo por todo lugar, não consegui descobrir se era algo ruim ou bom tê-lo por perto.
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High Squad 127
Teen FictionAdolescente com habilidades especiais e personalidades explosivas são obrigados a formar um grupo com o objetivo de servir prontamente o governo, competindo entre Squad pela sobrevivência coletiva. Assim mandados para a arena, sendo usados como arma...