Sala branca

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A chegar no final do corredor e dar de cara com a parede, sinceramente ficamos confusos por não haver nenhuma saida evidente para sairmos logo dali. Ja sem paciência alguma com a planta e as fases que guiavam Dylan, tomei o computador de sua mão para ver o que ele tanto quebrava a cabeça, mesmo depois de tomar de Dylan o computador não consegui entender nem um centímetro do que estava mostrando na tela.

Dylan: - Está aqui em algum lugar...

Dylan deu um passo descuidado a frente e luzes azuis se ligaram como laizers nos contornando por todos os lados, em pouquíssimos segundos todo o lugar estava cercado por laizers como se estivessem prendendo ratos dentro daquele maldito lugar.

Todos assustamos com a súbita armadilha e congelamos como se o instinto nos mandasse ficar parados como estátuas, nem se quer conseguíamos respirar, era uma situação perigosa e mesmo sem entender o objetivo daquelas luzes tínhamos certeza que nos machucariam.
Os laizes azuis estavam por todo o corredor, porém as luzes nos contornavam, sem encostar em nossas peles, quase como se fosse mais um avido do que uma armadilha que iria nos matar. Feito e planejado para justamente qualquer movimento que fizéssemos, sermos rapidamente atingidos pelo lazer.

Dylan: - Parados... Não se mecham!

Dylan olhou ao redor com muito cuidado, procurando com os olhos qualquer coisas que nos tirasse dali, seu computador estava em minhas mãos, logo não podíamos fazer nada para tentar descobrir qual era o intuito exato daquele lugar. Dylan suspirou fundo frustrado com a situação mas acabou se contendo com medo de fazer qualquer outro movimento brusco.

Dylan: - Tem um sensor aqui em algum lugar... Laizers azuis não cortam como as vermelhas, eles queimam. Não é feito para nos matar, é um sinal de pare... Se encostarem nas luzes vão acabar com queimaduras de 3° grau, não da para passar contornando pois ele tem um sensor, se nos mexermos ele vem até nós...

Rony: - E o que caralhos vamos fazer?!

Mal podiamos respirar, nem conseguíamos expressar a raiva e frustração que sentimos já que tudo que fizéssemos iria fazer com que ativasse aquelas luzes, os garotos trocavam palavra por palavra, bem devagar, a calma que deveríamos ter para não sermos queimados era surreal.

Loli: - Temos que achar o sensor, talvez nas paredes?

Olhamos com espanto para Loli, pela primeira vez a garota estava pensando em algo além de sair atirando por ai sem objetivo, foi um avanço significativo para o time.

Dylan: - Loli está certa. Devemos achar o sensor, depois só mirar e atirar.

Amy: - Está muito escuro...

Algo me dizia que eu teria que usar novamente, todo o meu corpo me alertava que escolher usar minha visão duas vezes em um prazo de tempo tão curto era loucura! Rony impaciente, mexeu sua mão por um breve segundo, consequentemente um dos laizes mais que rápido do que tivemos tempo para ver, se mexeu em nossa direção como se cortasse o vento, para nossa sorte não pegou ninguém.

Loli: - Amy, rápido!

Amaldiçoando o inventor daquela armadilha com minha própria mente, fechei brevemente meus olhos novamente, respirando fundo para me concentrar o mais cuidadosamente possível, odiava ter que chegar ao ponto de usar essa droga, porém não havia mais nada que pudéssemos fazer. Escutei Jack gritar enfurecido pelo brinco que transmitia tudo, aparentemente não muito contente, pelo contrário, muito bravo.

Jack: - Droga! Amy, você vai se machucar! Não vou deixar! Loli faça algo!

Loli: - São muitos laizers, Jack...

Abri meus olhos com cuidado, tudo estava muito claro e mais uma vez as cores se destacaram na escuridão, senti minha retina queimar conforme meus olhos abriam, a luzes azuis que nos prediam deixavam tudo mais difícil pois se destacavam em minha visão assim como um pequeno ponto verde na parde bem acima de Rony. Senti meus olhos lagrimejarem ao ver o escuro e a luz azul penetrarem minha retina como pequenos feixes de luz, que ardiam como se eu estivesse olhando diretamente para o sol. Durou apenas alguns segundos até que a luz começasse a me cegar como um clarão que tapava toda a escuridão, a sensação de ardor e tontura que vinha direto dos meus olhos me fez cair no chão como se eu estivesse perdendo meus sentidos rapidamente.

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