- Que cantada mais feia.
Falei rindo e olhando Pedro.
- Poxa, tô sem moral mesmo.
Falou e eu ri em seguida.
- Senta ai. - Fiz sinal com a cabeça para a cadeira em minha frente.
Pedro se sentou e pediu uma água de coco também.
- Tá sozinha mesmo?
- Não, tô com o Felipe, Gui e uma amiga, eles estão ali. - Apontei e ele assentiu. - E você?
- Po, eu to cansadão, passei o dia dormindo, e ai resolvi sair comer algo e tava passeando por aqui.
- Não tem comida em casa?
Falei e ele riu.
- Intrometida.
Dei de língua.
- Comida eu tenho, só não tenho quem faça pra mim.
- E seus pais?
Perguntei.
- Curiosa demais.. - Ele riu e eu fiquei sem graça.
- Ok, desculpa!
Ficamos em silêncio por um tempo, até eu terminar de tomar minha água de coco e me levantar.
- To indo nessa, Pedro.
- Quanta marra..
Ele falou e se aproximou de mim, segurando minha cintura e me puxando pra ele. Senti seus lábios tocarem meu pescoço e me arrepiei.
- Já tá com saudade?
Sussurrei em seu ouvido.
- Quem sabe.
Foi o que ele respondeu e em seguida me beijou. Ficamos nos beijando por um tempo, o beijo era exatamente ao primeiro que tivemos e paramos exatamente pelo mesmo motivo: falta de folego.
- Agora eu preciso ir, meu irmão tá vindo.
Falei e ele se distanciou de mim.
A galera chegou em seguida, e todos se cumprimentaram, senti que o olhar de Guilherme me fuzilava, e fiquei sem entender. Nos despedimos e Felipe e Clara foram pras suas respectivas casas, enquanto eu e o Gui seguimos em silêncio o caminho todo.
Assim que entramos no apartamento, entendi o motivo de tanto ódio.
- Agora deu pra pegar todos os meus colegas de faculdade, Camila?
Ele falou e eu fiquei incrédula.
- Vai começar com essa babaquice? As vezes parece que você acha que sou igual as meninas que você come, que dão pra 5 no mesmo dia.
Ele riu.
- Uma delas é sua amiga, por sinal...
Bufei.
- Qual é? Vai falar da Clara agora? Presta atenção e para de achar que você é meu pai.
- Deve ser a falta dele que te deixa assim.
Falou furioso.
- Guilherme, pra que tanto ciumes? Poxa, eu não tô fazendo nada demais.
Ele olhou pra baixo e suspirou.
- Só não quero que esses babacas te machuquem, Camila.
- Guilherme, você acha que eu vou me apaixonar por algum deles? Para né? Eu nunca vou me apaixonar!
Ele riu e me abraçou.
- Então estamos juntos nessa! Desculpa, maninha.
Beijou a minha testa e sorriu.
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Tem que ser você.
RomanceCamila e Guilherme nasceram no Brasil, mas ainda muito pequenos mudaram-se para Nova York com seus pais devido a negócios. Sempre cresceram aprendendo além de inglês a língua portuguesa. Guilherme com 17 anos decidiu vir estudar no Brasil e se adapt...