- Sei lá, não quero ficar em cima dela, não quero prender e nem nada, se ela quer, ela que venha atrás, eu já fiz a minha parte.
Guilherme falou e deu de ombros.
Eu revirei os olhos.
- Sem comentários pra vocês!
Suspirei.
- Vou só ver com a Clara, mas já confirma nós duas, com certeza vai rolar.
Falei e sorri.
Passei o resto da tarde vendo tv com os meninos e já não aguentava mais ficar mofando em casa.
- Gui, eu vou dar uma volta, logo volto, beleza?
Só esperei ele assentir e abri a porta, saindo do apartamento.
Eu tinha colocado um shorts saia de academia, um top e um tênis. Coloquei meus fones e comecei a caminhar em um ritmo normal pela orla, enquanto ouvia música.
Depois de alguns minutos caminhando, dei uma acelerada e comecei a correr. Corri por mais algum tempo e quando me dei conta, já estava exausta.
Olhei pro mar e o sol estava começando a se por. Peguei uma água de coco num quiosque, e segui rapidamente até umas pedras que tinham no final da praia.
Subi com um pouco de dificuldade até uma das mais altas, e me sentei.
Tinha algumas pessoas ali, alguns casais na verdade, mas eu não me importei, coloquei minha água do lado e fique observando aquela maravilha por um bom tempo.
- Isso traz uma paz enorme, não acha?
Tomei um susto ao ouvir aquela voz ao meu lado, confesso que até me arrepiei, mas assim que virei pra ver quem era, respirei aliviada.
- Calma!
André falou e deu uma risada baixa.
- Tava distraída.. ai me assustei.
Falei e sorri de lado.
- Tava tão concentrada nessa paisagem e nem percebeu que estou do seu lado a um tempinho.
Dessa vez quem riu foi eu, abaixando a minha cabeça em seguida.
- Realmente... Porque não me chamou antes?
Olhei pra ele sorrindo.
- Não queria atrapalhar sua concentração. - Falou.
- Até parece né.
Dei uma risada baixa e nós olhamos juntos em direção ao mar.
- Aqui é o meu lugar preferido.
Ele falou em um pouco baixo.
- Acho que vai se tornar o meu preferido também.
Falei e dei uma risada leve.
- Quando eu tô preocupadão com algo, quando preciso de inspiração ou quando simplesmente quero ficar sozinho, é pra cá que eu venho... parece que me renovo. - Falou.
- Realmente, aqui traz uma energia muito boa. - Falei.
Nós ficamo em silêncio por alguns minutos, até André quebra-lo.
- Quer dar uma volta?
Ele falou se levantando e parando em minha frente.
- Eu estou morta! Mas pode ser.. Me ajuda aqui.
Falei e estiquei os braços em sua direção. Suas mãos envolveram as minhas e ele me puxou, fazendo eu levantar também.
- Porra, que pesada... - Falou.
O fuzilei com o olhar, fazendo ele rir.
- Brincadeira!
Ele disse e ergueu os braços pra cima, não demostrando culpa.
Eu dei risada.
- Vamos logo antes que eu desista!
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Tem que ser você.
RomanceCamila e Guilherme nasceram no Brasil, mas ainda muito pequenos mudaram-se para Nova York com seus pais devido a negócios. Sempre cresceram aprendendo além de inglês a língua portuguesa. Guilherme com 17 anos decidiu vir estudar no Brasil e se adapt...