Capítulo 22

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- AH! SOCORRO!
Me sentei de uma vez só no sofá e fiquei olhando em volta, com a respiração ofegante.
Me deitei novamente bufando e lembrando daquele sonho com todas aquelas cenas do filme que assisti no cinema. Como é que isso me assustava tanto?
Peguei meu celular e vi a hora, ainda eram 23:30 da noite. Me bateu uma fome e uma vontade absurda de sair de casa. Porque será, né?!
Peguei apenas um dinheiro suficiente pra eu comer alguma coisa, coloquei no bolso do meu shorts.
Assim que sai do prédio senti um ventinho frio, mas fiquei com preguiça de voltar pegar uma blusa.
Fiquei caminhando na orla da praia, observando algumas pessoas rolando na areia, casais em clima romântico, enfim.
Depois de uma meia hora avistei um carrinho de cachorro quente e eu como louca por isso, sorri comigo mesma.
Olhei para os dois lados antes de atravessar a rua, não vinha nada. Continuei caminhando lentamente quando estava quase chegando na calçada, ouvi uma buzina, quando virei meu olho uma luz muito forte invadiu meu rosto e eu mal conseguia enxergar. 
A primeira coisa que eu fiz foi tentar apressar os passos, e em meio disso, acabei tropeçando e caindo, mas graças a Deus eu estava na calçada, sã e salva!
- Você está bem?
Ouvi alguém falando comigo enquanto eu me sentava na calçada e colocava a mão na minha cabeça. Doía um pouco.
Ergui a mesma para olhar pra pessoa que falou comigo e não acreditei quando vi. Só podia ser um pesadelo!
- Você queria me matar? Seu louco!
Falei e senti uma pontada na minha cabeça.
- Tinha que ser você.
Ele falou se levantado.
Com um pouco de dificuldade, eu fiz o mesmo. Eu estava bem, provavelmente tinha arranhado minhas pernas, mas nada sério. Minha cabeça doía um pouco, acho que devido ao susto e ao movimento rápido.
- Agora você vai querer colocar a culpa em mim? Você é um imbecil que não liga o pisca para virar e eu levo a culpa? Aprende a dirigir, Rodrigo!
Bufei e percebi que tinha algumas pessoas em volta da gente. Eu apenas sorri pra elas e atravessei a rua novamente. 
Segui caminhando até a areia da praia e me joguei nela. Deitei de roupa e tudo sem me importar com nada. Eu precisava disso.
Depois de ficar rolando na areia igual uma criança, eu me levantei, sacudi a areia do meu corpo e do meu cabelo, me sentando ali mesmo em seguida.
- Já brincou na areia, bebezão?
Ouvi aquela voz e senti alguém se sentando ao meu lado. Eu sabia que era o Rodrigo. Fechei os meus olhos pra não perder a paciência novamente e permaneci em silêncio.
- Desculpa, Camila.
O olhei sem entender e arqueei sobrancelha.

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