Capítulo 117

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-Qual o nome seu?
- Camila.
Respondi um pouco fria.
- Muito prazer, Camila. Sou o Ramon.
Ele falou e percorreu o seu olhar por todo o meu corpo. Eu apenas sorri e tomei um gole da minha bebida.
- Quer entrar? Podemos dançar coladinhos...
Ele falou e deu um sorriso que dava pra ver de longe a malicia. 
- Não, ela vai ficar aqui comigo.
Rodrigo apareceu do nada e parou na frente do tal Ramon, que soltou uma risada irônica.
- E você é quem? Eu cheguei primeiro, parça.
Ele falou e eu não acreditei.
- Tá achando que é bagunça? Não tem essa de quem chegou primeiro não, não tem disputa aqui. Se liga!
Eu falei com um tom de vez alterado e o menino me olhou assustado.
- Eu sou o namorado dela, jae? Acho bom ralar!
Rodrigo falou e o Ramon ergueu os braços como se fosse inocente e saiu andando, entrando na boate.
- Você se mete em cada uma, hein?
Ele falou me olhando.
- Se você não tivesse chego essa confusão não teria acontecido.
Eu falei e tomei o resto da minha bebida.
- A gente pode conversar ou você já tá bêbada?
Eu respirei fundo antes de responder ele.
- Rodrigo, se você veio aqui pra me encher, pra me insultar, ou falar qualquer coisa desse jeito, é bom dar a meia volta e ir embo...
Eu não consegui concluir a frase, simplesmente fui interrompida por um beijo. O beijo dele! A sua língua se encontrou com a minha e elas tinham uma perfeita sintonia. Eu não negaria que aquilo era o que eu mais tava desejando naquele momento e eu até me deixei levar a principio mas eu precisava me soltar dele, e foi isso que eu fiz.
- Me solta Rodrigo!
Falei parando o beijo e colocando as minhas duas mãos sobre o seu peito, o empurrando. Ele ficou me olhando como quem não entendia e passou as mãos sobre o seus cabelos.
- Camila, vamos conversar. 
Ele falou e respirou fundo em seguida. Eu fiquei em silêncio por alguns segundos e meu coração dizia pra eu ir com ele e ouvir tudo que ele tinha pra falar, mas a minha cabeça falava totalmente ao contrário. Eu apenas desviei dele, e entrei na boate novamente. Segui direto pro caixa e paguei a minha comanda, saindo lá de dentro em seguida. Não encontrei o Rodrigo mais, e isso me de um certo alivio. 
Caminhei até a esquina e ela estava bem vazia, afinal, ainda era cedo e o pessoal tava todo curtindo a balada. Fiquei esperando e torcendo pra que algum táxi passasse mas foi em vão.
- Porra, não passa nenhum táxi em frente a essa boate?
Falei sozinha, mas pra minha surpresa, alguém respondeu.
- Te dou uma carona!
Gelei quando ouvi aquela voz bem próxima de mim e me virei rapidamente pra olha-lo.
- Não, obrigada. Prefiro ir apé.
Dei um sorriso irônico e tentei desviar do Diego, mas foi em vão, já que ele segurou o meu braço me fazendo parar.
- Você não vai desistir mesmo, né?
Falei revirando os olhos.
- De você? Nunca. Porque você é minha. 
Eu suspirei.
- Diego, deixa eu sair daqui. - Pedi.
- Camila, me houve, por favor. Eu prometo que te deixo em paz depois.

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