Capítulo 124

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Rodrigo narrando.Depois de algum tempo insistindo, a Camila me convenceu de que mais tarde falaria com o Guilherme. Eu pedi uma comida pronta pra gente, que não demorou nada pra chegar. Nós comemos conversando sobre assuntos aleatórios, como a formatura dela, escola, faculdade.. Ela falava de um jeito tão empolgada, tão feliz sobre tudo, que nem parecia que passava por problemas. E era isso que me encantava: a força que ela tinha. 
Minha vontade era de beija-la, de dizer que todo o sentimento que ela sente por mim é recíproco, mas eu tinha muito medo de estar precipitando as coisas, principalmente depois do acontecido com ela. Não queria forçar a barra, mesmo estando difícil de me segurar.
Eu estava deitado no sofá, enquanto ela terminava de secar a louça, eu insisti mas ela não deixou eu ajudar, com certeza queria tentar retribuir a ajuda que eu dei a ela.
- Ro, empresta seu celular pra eu ligar pro Gui? O meu acabou a bateria.
Ela falou parando em minha frente.
- Você quer ir embora? - Perguntei.
- É, tá na hora né? E já incomodei demais, deixa que ele vem me buscar.
Ela falou e soltou uma risada leve.
Que vontade eu tinha de pedir pra ela ficar, mas eu sabia que ela precisava descansar.
- Eu te levo, Cá. Preciso ajeitar as minha coisas que ficaram lá, ai eu já aproveito.
Falei me levantando do sofá.
- Tudo bem então, vou pegar as minhas coisas que ficaram no quarto.
Eu apenas assenti e segui pro meu quarto. Vesti um moletom, fiquei de bermuda mesmo e calcei um tênis. Me olhei no espelho e só dei uma bagunçada no cabelo. Coloquei a carteira no bolso, junto com o celular. Quando ia saindo do quarto, senti um vento frio vir da janela, se eu com blusa já estava com frio, imagina a Camila? Voltei pra dentro do quarto e peguei um moletom pra ela.
- Posso entrar?
Falei dando duas batidas na porta do quarto de hóspedes.
- Claro, demorei? É que eu aproveitei pra...
Eu interrompi.
- Relaxa! Eu só vim trazer um moletom pra você, tá frio lá fora.. 
Não pude deixar de reparar no sorriso que se formou em seus lábios.
- Obrigada, Ro. 
Ela pegou da minha mão e o vestiu, ficou quase um vestido pra ela e eu não consegui segurar o riso.
- Tô feia né? 
Ela falou se olhando no espelho, mas que só dava pra ver seu rosto.
- Não importa, pelo menos tô quentinha!
Ela deu de ombros e encolheu seu corpo.
- Tá linda, como sempre!
Eu falei e ela ficou sem jeito.
- Vamos?
Ela falou e eu assenti. Dei passagem pra ela sair do quarto, e assim também do apartamento.
Descemos pelo elevador até o estacionamento e entramos no meu carro. Seguimos direto pro prédio dela, como o trânsito estava tranquilo, não demoramos muito pra chegar.
Eu estacionei o carro e nós subimos pro apartamento dela. Levei a minha mão pra apertar a campainha, mas antes que eu pudesse fazer isso, ela segurou a minha mão e eu a olhei sem entender.
- Obrigada por tudo que você faz por mim!
Ela falou e deu um sorriso, lindo por sinal, em seguida deu um beijo no canto da minha boca.

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