Capítulo 169

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O pessoal foi todo dormir, assim como eu e o André. 
- Amor, eu vou tomar um banho e já venho deitar, tá bom? 
Falei dando um selinho nele, que apenas assentiu.
Fui pro banheiro e tirei a minha roupa rapidamente, fiz um coque no cabelo e entrei no chuveiro, lavei todo o meu corpo rapidamente, e logo desliguei o mesmo.
Me sequei e vesti um pijama leve, soltei o meu cabelo e os penteei. Dei uma ajeitada no banheiro e voltei pro quarto.
Assim que abri a porta vi o André parado em pé em frente a minha escrivaninha, com um papel na mão. Engoli a minha saliva, só de pensar na hipótese de ser a minha primeira ultra, fechei os meus olhos e pedi a Deus pra que não fosse, mas acho que já era tarde demais.
- O que é isso? 
Ele perguntou assim que me viu.
Eu respirei fundo e entrei totalmente no quarto, fechando a porta em seguida.
- Isso o que, amor?
Perguntei desentendida.
- Manuela, isso é seu? 
O tom da voz dele já estava bem mais séria e firme.
Eu suspirei.
- Amor, se acalma, tá?
- MANUELA! Eu vou perguntar pela última vez, isso é seu?
André me olhava de um jeito que eu nunca havia o visto antes, eu já senti os meus olhos encherem de lágrimas, e não havia mais jeito de esconder.
- Sim, André. - Falei.
- Isso quer dizer que...? - Falou.
- Eu tô grávida!
Falei quase num sussurro e abaixando a minha cabeça.
- PORRA!
André jogou o exame com tanta força no chão, que chegou até a fazer barulho.
Ele virou as costas e caminhou até a janela que a vista dava pro mar, enquanto eu me sentei na cama e segurava pra não chorar.
- Esse filho é meu, Manuela?
Depois de alguns minutos o André voltou a entrar no quarto, e eu quase não acreditei no que ele falou.
- Você ainda tem alguma dúvida, André?
Dei uma risada leve e debochada.
Ele suspirou.
- Eu não sei o que pensar, Manuela, eu não sei! 
Ele falou balançando a cabeça negativamente.
- Se for pra você pensar que eu tava dando pra você pra mais outros, você nem perde seu tempo, e pode ir embora da minha casa!
Falei e me levantei da cama, indo em direção a porta do quarto e abrindo a mesma.
- Você pretendia me contar sobre isso quando? 
Ele falou com um sorriso um tanto quanto irônico.
- Quando eu tivesse certeza de que você não iria reagir desse jeito.
Falei e ele suspirou.
- Eu preciso pensar, me entende.
Ele falou e caminhou até a porta, ele parou ao meu lado e me olhou de cima a baixo, mas pude perceber seu olhar fixo por alguns segundos na minha barriga. Ele suspirou e saiu em seguida.
- MERDA!
Eu bati a porta do quarto sem me importar se acordaria alguém e corri até a cama, me deitando na mesma e me encolhendo.

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