Capítulo 18

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Eu estava pronta pra ir no shopping com o Pedro, só estava esperando ele chegar, até que a campainha tocou.

- Oi Rodrigo. Meu irmão não chegou ainda.
Falei direta.
- Tudo bem, eu sou de casa e posso esperar.
Ele falou enquanto foi entrando e se sentando no sofá.
- Folgado.
Bufei e fui pegar um copo de água. Meu celular estava na mesinha da sala, quando tocou.
Corri pra atender mas quando vi Rodrigo já tinha feito isso.
- E ai, Pedro. - Ele sorriu me olhando. - A Camila tá ocupada agora, tu quer que eu deixe recado? Ah, tu vai se atrasar 20 minutos? Relaxa, brother, eu aviso ela. Falou.
Ele desligou e eu corri pegando meu celular da sua mão.
- QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA ATENDER O MEU CELULAR?
Gritei.
- Porque você está gritando? Eu te fiz um favor.
- Que favor? Eu pedi esse favor, Rodrigo? Se toca. Cuida da vida da sua namorada, não da minha.
Estava louca de raiva. O que Pedro pensaria? No minimo besteira. Que ódio!
Tomei um copo de água todo de um vez e fui pra varanda.
Fiquei ali de pé observando a paisagem. O mar que estava calmo, as pessoas correndo, crianças brincando, famílias.. Ah, que saudade dos meus pais. Saudade do colo da minha mãe, mesmo com as loucuras dela, eu a amava, ela era minha melhor amiga. E meu pai, meu protetor. Meu anjo, meu herói. Deveria ter ido visita-los agora nas férias, mas não. Ainda não me sinto preparada pra encarar certas pessoas do meu condomínio, aquelas meninas nojentas, e principalmente, ele. Aquele com quem eu perdi 3 anos da minha vida, a quem eu me entreguei, quem eu amei, cuidei e quando descobri suas traições ele fez a coisa mais escrota comigo. Porém segundo Manu ele estava e muito arrependido. Pouco importa também, tarde demais.
Suspirei e acordei quando ouvi meu celular gritando no meu bolso. Era o Pedro.
- Tão concentrada na paisagem e esqueceu de mim? 
Ele falou e eu sorri tentando encontra-lo lá embaixo.
- Estava pensando. 
Sorri quando o encontrei e acenei com as mãos.
- Posso saber o que e em quem?
Eu ri.
- Besteira. Saudades da família.
- Entendo. Agora desce, vamos nos divertir, loirinha.
Ele desligou e eu me virei entrando na sala de volta. Rodrigo estava sentado no sofá vendo tv e mexendo no celular. Eu peguei minha bolsinha de lado e coloquei.
- Tô saindo. Se for embora fecha a porta, e deixa a chave embaixo do tapete. Obrigada.
Falei abrindo a porta do apartamento. Mas senti suas mãos tocando o meu braço e me puxando.
Virei meu rosto para o dele e quando abri a boca pra falar algo, ele foi mais rápido.
- Desculpa, Camila. - Ele suspirou e seu olhar foi de encontro ao chão. 
- Tudo bem. Já passou. 
Eu sorri e me soltei dos braços dele, entrando no elevador em seguida.

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