-O que a gente tá fazendo aqui?
Eu falei em um tom um pouco alto ao ver o Guilherme manobrando o carro em frente a casa do Pedro.
- Aqui é a festa!
Guilherme falou calmo e estacionou o carro.
- O QUE?
Gritei.
- Porque você não me falou isso antes? Guilherme, você sabe que eu não viria!
A raiva já tinha tomado conta de mim e a minha vontade era de matar o meu irmão.
- Calma, Camila!
Ele falou e eu o olhei com um sorriso de lado irônico.
- CALMA? O menino me faz de corna com a minha melhor amiga, e eu venho numa festa na casa dele. No minimo vão falar que tô correndo atrás.
Eu disse e me joguei no banco bufando.
- Se eu falasse que era aqui você não viria. Para de besteira, vai. Vamos.
Ele falou e foi saindo do carro, eu o olhei e balancei a cabeça negativamente.
- Amiga, vamos. É só uma festa.
Clara falou segurando uma das minhas mãos.
Eu suspirei.
- Que droga!
Falei e sai do carro batendo a porta com força.
- Não tem geladeira em casa?
Guilherme falou e o Felipe de uma risada baixa.
- Não enche!
Peguei na mão da Clara e a puxei, fomos caminhando pela festa. Estava lotado como sempre. As festas do Pedro sempre bombavam. A pista com o dj ficava do lado de fora, numa parte fechada e dentro da casa e no bar tocava a mesma música, porém não tão alta.
Nós paramos no bar e eu pedi uma dose de tequila e depois mais uma.
- Camila, calma. Não vai encher a cara também né.
Clara falou e eu respirei fundo.
- Eu não sei se tô preparada, Clá...
Falei e ela se aproximou de mim me abraçando.
- Fica calma! Eu vou ficar do seu lado a festa inteira, tá? Vamos nos divertir, dançar, aproveitar, como a gente sempre faz.
Ela falou e eu sorri, dando um beijo em sua bochecha em seguida.
- Vamos pra pista?
Falei e ela assentiu.
Pegamos uma dose de vodka cada uma, misturado com sprite, eu não queria me embebedar, então iria com calma.
Chegamos na pista e estava tocando funk, daquele bem carioca, as meninas estavam se perdendo, dançando até o chão, e é claro que eu não ficaria de fora. Clara me puxou e fomos pro meio da pista, nós dançávamos e rebolávamos, vez ou outra roçávamos nossos corpos, o que chamava atenção de alguns meninos que estavam ali e tirava várias risadas nossas, quando vimos a roda estava fechada e nós duas estávamos no centro, continuamos dançando até o dj começar a tocar eletrônica.
- Caraca, tô muito suada!
Falei baixo enquanto íamos pra um canto na pista.
Me sentei em uma banqueta que tinha em frente a um balcão.
- E eu? Arrasamos! - Clara falou.
Nós fizemos um toque com a mão.
- Vou pegar uma água pra mim, quer? - Falou.
- Quero! Vou te esperar aqui. - Falei.
Clara assentiu e saiu em direção ao bar.
Fiz um coque frouxo no meu cabelo pra espantar o suor um pouco e fiquei observando as pessoas dançando, alguns casais se pegando, até sentir uma respiração na minha nuca.
Virei o rosto pra ver quem era, e é claro, era ele. Meu coração disparou.
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Tem que ser você.
RomanceCamila e Guilherme nasceram no Brasil, mas ainda muito pequenos mudaram-se para Nova York com seus pais devido a negócios. Sempre cresceram aprendendo além de inglês a língua portuguesa. Guilherme com 17 anos decidiu vir estudar no Brasil e se adapt...