Capítulo 150

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-Seu namorado é realmente muito lindo. Precisamos fazer um jantar pro seu pai conhece-lo melhor.
Minha mãe falou empolgada enquanto caminhávamos pelos corredores do shopping.
Eu suspirei.
- Podemos marcar, mãe. - Falei.
- Ai Camila, você já foi mais animada.
Minha mãe reclamou e eu dei uma risada leve.
- Vamos comer? - Perguntei.
Não aguentava mais ficar andando e entrando em várias lojas, a gente já estava cheia de sacolas.
Ela assentiu e nós andamos até a praça de alimentação, fizemos nossos pedidos que logo ficaram prontos e nos sentamos comer. 
- Quando é seu vestibular? - Minha mãe perguntou.
- É terça feira. - Falei.
- Você está nervosa?
Tomei um gole do meu suco.
- Um pouco, mas estou confiante. 
Sorri e ela fez o mesmo.
- Sei que você vai passar. Não vejo a hora de estar trabalhando na empresa do seu pai! 
Ela falou com os olhos brilhando.
- Mãe... Deixa isso pro Guilherme. - Falei.
- Vocês podem trabalhar juntos, não só podem como devem. Uma administradora e um engenheiro, é perfeito, minha filha!
Eu suspirei e apenas assenti, não iria discutir esse assunto com a minha mãe, principalmente porque nem comecei a cursar a faculdade ainda. 
Ficamos conversando mais um pouco, sobre coisas aleatórias. Depois que terminamos de comer, saímos do shopping e minha mãe me deixou em casa e foi pro hotel.
- SEUS NOJENTOS!
Gritei assim que entrei no apartamento e vi uma cena constrangedora.
Os dois levantaram depressa, Clara ajeitando a sua blusa, seu cabelo e limpando a boca, enquanto Guilherme fechava a bermuda.
- Ai, amiga! Desculpa... Eu falei pro Guilherme.
Clara falou visivelmente envergonhada e ao mesmo tempo olhava pro Guilherme brava.
- Po, mana.. achei que tu nem ia voltar hoje, foi mal.
Ele falou e coçou a cabeça.
- Vão pro quarto! - Falei.
Passei reto dos dois e entrei no meu quarto. Larguei no chão mesmo, algumas sacolas com coisas que minha mãe havia comprado pra mim, tirei a minha sandália e deitei na cama, que alivio! Eu estava muito cansada.
Fiquei vendo tv enquanto criava coragem pra ir tomar banho, até que meu celular começou a tocar.
- Oi amor! - Falei.
- Amor.. vem aqui pra casa. 
Rodrigo falou com uma voz estranha.
- Aconteceu alguma coisa? 
Perguntei preocupada.
- Eu tô com muita dor.
Ele falou mais baixo.
- Dor aonde, Rodrigo?
Falei enquanto me sentava na cama.
- Vem aqui me ajudar, to te esperando.
Ele falou e a ligação caiu. 
- Puta que pariu!
Falei sozinha e levantei da cama feito um furacão, tirei a roupa que eu estava na mesma velocidade e entrei embaixo do chuveiro, tomei um banho mega rápido, só pra tirar o suor do corpo. Vesti uma lingerie qualquer e um vestido bem leve. Passei desodorante, perfume e dei uma ajeitada no meu cabelo.
- Guilherme!
Falei afobada entrando na sala.
- O que foi?
Ele se mexeu no sofá assustado, junto com a Clara.
- Me leva no Rodrigo, agora! - Pedi.
- O que aconteceu? - Clara perguntou.
- Não sei direito, só sei que ele tá com dor.
Suspirei.

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