questão de dar enfase no ''Fe'' e é óbvio que o Rodrigo percebeu, já que ele quase me fuzilou com o olhar. Dei de ombros e continuei a conversar com as meninas, mas não demorou nada pra eles voltarem com dois baldes de gelo com vodka, whisky, energético e tequila.
Nós bebemos uma dose de cada e depois fomos pra vodka, eu não queria encher a cara, então comecei a beber devagar.
Começou a tocar uma musica mais animadinha e o pessoal começou a dançar. Logo os três meninos sumiram da rodinha e o André pegou uma banqueta e se sentou com a gente.
- Cadê o Gui, Clá?
Eu perguntei.
- Não sei. Deve estar caçando alguma quenga!
Ela falou e eu dei risada.
- E você vai deixar?
Manuela falou se intrometendo.
- Proibir que não vou. Ele sabe o que faz, e se ele pode, eu também posso.
Ela foi se levantar da banqueta mas eu segurei o seu braço, a fazendo sentar de volta.
- Para de querer dar o troco sempre. Esse jogo de vocês é ridículo. Senta aqui e sossega!
Eu disse e fiz uma cara de brava. Mas realmente já estava de saco cheio desse joguinho dos dois, era sempre assim.
Ficamos conversando e bebendo até a dupla sertaneja subir no palco, eu adorava os cantores, porque eram conhecidos da gente e eram bem animados.
- Eu vou dançar!
Falei me levantando e pegando meu copo.
- Vou com você!
Clara falou.
- Eu também.
Manu se levantou mas o André a interrompeu.
- Desculpa, mas hoje você é minha.
Ele falou e eu pude ver um sorriso se formar nos lábios da Manu, mas logo foram desfeitos pelo beijo roubado do André. Me virei e segui a Clara que estava indo mais em frente ao palco.
Nós duas ficamos dançando por um tempo, alguns meninos vinham dançar com a gente, olhavam nossos corpos, mas até então, nada de malicia. Começou a tocar coração apertado, da Thaeme e Thiago, que eu amava.
Comecei a cantar bem alto junto com os cantores e na hora que chegou no refrão meu olhar encontrou com o do Rodrigo, que estava encostado no palco, de frente pro povo. Meu coração disparou imediatamente. Que droga! Qual era o efeito desse homem sobre mim?
Depois de alguns segundos eu desviei o olhar e voltei pra mesa.
- E essa cara de emburrado de vocês?
Falei olhando pro Guilherme e pra Clara, que estavam sentados distantes um do outro com uma cara nada boa.
- Eu não falo mais nada pra vocês. Pior que duas crianças.
Revirei os olhos e peguei um copo em cima da mesa, coloquei vodka e suco dessa vez, peguei o mesmo e sai dali. Precisava de um ar, afinal, tinha cansado de tanto dançar.
Sai pra fora do barzinho e fiquei encostada na parede um pouco mais distante da porta.
- Cansou, dançarina?
Ouvi uma voz desconhecida falar.
Olhei pro lado e vi um Deus grego do meu lado. Ele era loirinho, com o cabelo bagunçado, tinha os olhos escuros e uma tatuagem no pescoço, que parecia descer pro resto do corpo.
- Um pouco.
Respondi sem graça e ele deu uma risada leve.
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Tem que ser você.
RomanceCamila e Guilherme nasceram no Brasil, mas ainda muito pequenos mudaram-se para Nova York com seus pais devido a negócios. Sempre cresceram aprendendo além de inglês a língua portuguesa. Guilherme com 17 anos decidiu vir estudar no Brasil e se adapt...