Capítulo 46

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- Até que enfim você me retornou!
Falei atendendo meu celular.
- Foi mal, pequena. Agora que eu vi suas ligações. - Rodrigo falou.
- Cadê o meu irmão? E o Pedro? Não tão ai na faculdade? - Perguntei.
- Estão, eu tava com eles até agora, mas dentro do prédio não funciona o celular direito. Aconteceu alguma coisa? - Falou.
- Aconteceu. - Suspirei. - Eu machuquei meu pé aqui no colégio e preciso que alguém me busque. - Falei.
- Sério? Deixa que eu vou te buscar. Espera ai, eu já chego.
- É claro que vou esperar. Beijo.
Falei e desliguei.
- Conseguiu? - André falou.
- Sim, meu amigo já esta vindo. - Sorri.
Nós ficamos conversando mais um pouco, André me contou que tinha acabado de chegar no Rio, ele era de Floripa. 
Também descobri que ele morava nas minhas redondezas ali, aliás, no mesmo bairro que eu. 
Meu celular começou a tocar e era uma mensagem do Rodrigo perguntando se podia entrar me pegar, mas a recepcionista pediu que o André me levasse até o portão e assim fomos.
Ele fez questão de me pegar no colo novamente.
- Pronto! 
André falou me colocando no banco do carro.
- Obrigada, André. Avisa as meninas pra mim, fazendo favor.
- Pode deixar. Se cuida. - Ele falou e entrou no colégio novamente.
Rodrigo fechou a porta e ligou o carro.
- Quem é esse? - Foi a primeira pergunta que me fez.
- Um menino da minha sala que me ajudou. - Falei.
- Sei.
Revirei os olhos.
- Eu preciso fazer um raio x, tem como me levar no hospital? - Perguntei.
- Claro, pequena. Mas você está com dor?
- Um pouco. - Fiz bico e ele riu.
Tentei ligar pro Pedro mais algumas vezes mas o celular ainda dava na caixa postal, provavelmente tinha acabado a bateria, ou pelo menos eu espero que fosse isso que tivesse acontecido.
- Como você caiu, pequena?
Rodrigo perguntou enquanto dirigia.
- Quer mesmo saber?
Suspirei.
Ele me olhou assustado e fez que sim com a cabeça.
- A gente tava jogando contra o time da sala da Suzy, eu tava com bola pra acertar no gol e ela colocou o pé pra eu cair. - Falei.
Rodrigo me olhou e deu até uma risadinha de quem não estava acreditando.
- Não, não pode ser. Como ela tem coragem de fazer isso? - Falou.
- Ela é uma vadia, Ro. Doida em você, no Pedro.. Você sabe. 
- E agora porque nenhum macho quer ela, ela sai descontando nas pessoas que andam com eles? - Rodrigo disse com raiva.
- Não adianta ficar assim. Deixa ela.
Ele bateu no volante.
- Se ela não fosse mulher... - Falou.
Dei graças a Deus quando chegamos no hospital. O Rodrigo me levou no colo e eles logo disponibilizaram uma cadeira de rodas pra facilitar minha locomoção.
Eu apenas apresentei minha identidade e logo fui chamada pelo médico. Entrei sozinha no consultório e Rodrigo ficou me esperando.

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