Camila e Guilherme nasceram no Brasil, mas ainda muito pequenos mudaram-se para Nova York com seus pais devido a negócios. Sempre cresceram aprendendo além de inglês a língua portuguesa. Guilherme com 17 anos decidiu vir estudar no Brasil e se adapt...
O bom de morar num bairro movimentado, é que até de madrugada tem lanchonetes e barraquinhas abertas, afinal, depois da balada bate aquela fome. - É bem sua cara afogar as magoas na comida! Guilherme falou se acabando num cachorro quente. - Essa é a melhor comida.. é diferente. - Falei. - Você tá toda lambuzada. - E você também. Dei de ombros e a gente começou a ir. Realmente, aquela cena de nós dois sujos era engraçada. - Paga ai. Falei depois que nós já tínhamos terminado. - Você que convidou, paga ai. - Falou. - Eu sou uma dama. Falei e sai caminhando, o deixando com cara de tacho. - Eu mato você da próxima vez. Senti Guilherme me segurando pelo braço e ri da cara dele. - Só assim pra você abrir essa mão. - Ih, não vem não. Tá sempre aberta pra dar uns tapas nas novinhas. Ele falou e fez cara de tarado. - Quanto eu penso que você superou a sua escrotice, você me prova ao contrário. Revirei os olhos e ele deu risada. - É disso que elas gostam, maninha. - Cala a boca! - Caraca, olha ali! Guilherme falou e eu virei pra olhar. - Agora corre, porque se eu te pegar, é mar direto! Ele gritou e eu me desesperei, sai correndo pela calçada, e indo até a areia. Corri o máximo que pude, e com certeza já teria até passado da quadra do nosso prédio. - Ai Guilherme! Para, por favor! Eu falei me jogando na areia com a respiração totalmente ofegante. Ele parou e se sentou ao meu lado dando muita risada. - Cara, você correndo é muito engraçado. O mundo precisava ver isso. Falou em meio as gargalhadas. - Você me assustou, queria o que? - Falei. - E precisava correr feito uma retardada? - Olha o respeito! Dei uma tapinha de leve nos seus braços. - Me ajuda a levantar daqui seu miserável. Falei e estiquei meus braços na direção dele, que já estava de pé. - Folgada! O Gui me ajudou a levantar e nós tentamos tirar pelo menos um pouco da areia que tinha nas nossas roupas e fomos caminhando abraçados até o prédio. - Obrigada por ficar do meu lado! Ele falou assim que entramos no apartamento. Eu sorri de lado. - Eu nunca sair de perto de você. Ele beijou a minha testa. - Prometo ser uma irmão melhor. - Essa eu pago pra ver... Dei risada e sai, jogando um beijo no ar.
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