Tem que ser você.

Capítulo 133

- Sua demora valeu a pena, você tá linda!
Rodrigo falou quando paramos no sinal, e colocou sua mão na minha coxa, acariciando de leve.
Eu apenas sorri sem jeito.
- Já posso saber aonde vamos? - Falei.
- Já estamos chegando, eita curiosidade!
Ele riu de leve e continuo dirigindo. Ficamos conversando sobre coisas bobas até chegarmos no local.
- Que lindo!
Eu falei enquanto descia do carro.
- A comida é melhor que a beleza.
Rodrigo disse rindo e caminhando ao meu lado.
Eu já conhecia aquele restaurante, nunca havia ido, mas já tinha visto em fotos e muita gente fala bem dele. É uma casa de massas, na verdade. 
Assim que entramos reparei o quão acolhedor e aconchegante aquele lugar era. Nos sentamos em uma mesa que pelo que vi já estava reservada pra nós, e realmente tive a certeza disso quando o garçom nos avisou que o jantar não demoraria. 
- Já escolheu até o que vamos comer?
Falei me ajeitando na cadeira.
- Papai aqui já pensou em tudo.
Ele falou se gabando e eu revirei os olhos.
- Se vir algo que eu não goste você vai ver só.
Ele soltou uma risada baixa.
- Eu conheço bem essa minha enjoadinha. - Falou.
- Sua?
Perguntei arqueado a sobrancelha.
Ele ficou todo sem jeito, e quando abriu a boca pra responder, foi salvo pelo garçom que chegou nos servindo em seguida.
- Com licença! 
O garçom falou e colocou um pedaço de uma lasanha suculenta no meu prato, em seguida no do Rodrigo e depois colocou a mesma sobre a mesa. Ele saiu e em seguida voltou nos servindo vinho. O que me deixou um pouco preocupada, já que eu não era tão forte pra bebida assim.
- Lasanha é meu prato favorito!
Eu falei entre um garfada e outra.
- Eu sei disso, por isso pedi. Acho que essa é a melhor da cidade. - Rodrigo falou.
- Realmente... 
Falei e fiz uma cara de quem estava adorando, fazendo com que o Rodrigo desse risada.
Terminei o meu pedaço e ele me serviu outro, tava até achando fofo aquele romantismo e dedicação dele pra mim. 
- Você não poderia ter escolhido restaurante melhor!
Eu falei assim que terminei de comer e tomei um último gole do vinho.
- Quis te trazer aqui por muitas vezes, mas... nunca rolava.
Soltei uma risada baixa.
- Nunca me convidou, ai não rolava mesmo.
Mostrei a língua. 
- E dava? Primeiro você tava namorando o Pedro, depois quando achei que ia te ter pra mim, baixou a brabeza em você e já era! - Falou.
- Pera ai. Então desde a época do Pedro você era afim de mim?
Perguntei um pouco surpresa, e ele riu baixo.
- Pois é... Desde que te vi na casa dos seus pais, achei uma pirralha muito da linda, pena que era novinha demais pra mim e seu irmão me castrava se eu chegasse perto de você. 
Nós rimos juntos e ele continuou.