Corri um longo caminho e já estava exausta e pingando de suor, sem falar na sede.
- Uma água de cocô, por favor.
Pedi pro rapaz do quiosque.
- Duas! E deixa que eu pago.
Alguém falou do meu lado e eu arqueei a sobrancelha, me virei para olhar para a pessoa, mas não sei porque me surpreendi.
- Você?
Falei.
- Não tá feliz em me ver?
Rodrigo falou e pegou as duas águas de cocô.
- Vamos sentar aqui.
Ele falou e colocou os cocôs sobre uma mesa. Eu o segui e sentei na cadeira em sua frente.
- Tava me seguindo?
Perguntei e em seguida dei um bom gole na água.
Ele riu baixo e balançou a cabeça em negação.
- Tava correndo por aqui também e acabei te avistando. - Falou.
Eu apenas dei um sorriso torto e continuei bebendo a minha água. Ele também não falou nada até acabarmos. Eu peguei o dinheiro que estava junto com meu celular e entrei pra ele.
- Eu já vou nessa, Ro. Toma ai.
Falei me levantando.
Ele abaixou a cabeça e suspirou, em seguida pegou o dinheiro que eu havia colocado na mesa e segurou na minha mão, colocando ele ali e fechando a mesma.
- Eu já paguei!
- Obrigada então. Até mais.
Eu falei e sorri novamente, caminhando em seguida.
- Camila...
Rodrigo me chamou não tão alto, mas o suficiente pra que eu ouvisse. Parei de caminhar e virei meu rosto pra trás, ele caminhou em minha direção e se aproximou de mim sem dizer nenhuma palavra. Ele levou sua mão até a minha cintura e me puxou com delicadeza pra ele, colando nossos corpos. Sua outra mão ele levou até uma mecha do meu cabelo que insistia em ficar na lateral do meu rosto, e colocou a mesma atrás da orelha. Parecia que os movimentos estavam sendo feitos em câmera lenta ou então que o mundo havia parado e só existia nós dois. Seu nariz roçava no meu e seus lábios nos meus, permanecemos assim por alguns segundos, e eu que estava imóvel, decidi tomar uma atitude. Penetrei a minha língua em sua boca e logo nossas línguas estavam envolvidas em um beijo calmo mas delicioso.
Eu já sentia faltar ar de tanto beijar e creio que o Rodrigo também, fomos finalizando o beijo com alguns selinhos e mordidinhas nos lábios.
- Eu sou maluco por você!
Ele falou baixinho, ainda próximo de mim, e foi impossível não sorrir.
- Passo buscar você hoje as 9 horas e você vai dormir lá em casa, já avisa o Guilherme.
Ele falou agora desgrudando nossos corpos e eu o olhei assustada.
- E quem disse que eu posso? - Falei.
- Tem algum compromisso? Se tiver, desmarca.
Ele falou e deu um sorriso convencido, que me fez revirar os olhos.
- Pra onde nós vamos? - Perguntei.
- Opa, parece que alguém aceitou.
Ele me olhou.
- Se preferir eu recuso.
Falei dando de ombros e comecei a caminhar em direção ao meu prédio.
- Mas ô loirinha marrenta, eim?
Ele falou e deu risada.
- É surpresa, mas não é nada chique, não se preocupa.
- Tudo bem. Eu preciso ir, já são quase 7 horas da noite, né.
Falei e ri baixo.
Rodrigo me puxou pelo braço e selou nossos lábios.
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Tem que ser você.
RomanceCamila e Guilherme nasceram no Brasil, mas ainda muito pequenos mudaram-se para Nova York com seus pais devido a negócios. Sempre cresceram aprendendo além de inglês a língua portuguesa. Guilherme com 17 anos decidiu vir estudar no Brasil e se adapt...