Ele falou com uma cara que deu até pena, mas quem não conhecia que o comprasse.
- Tá bom, Diego. Fala.
Eu cedi pra ele, quem sabe ouvindo tudo que ele me falaria, ele me deixaria em paz de uma vez por todas.
- Dá pra gente ir pro meu carro? - Falou.
- Diego, fala aqui mesmo.
Eu disse já impaciente.
- Lá é mais reservado...
Eu suspirei e cedi novamente. Começamos a caminhar até onde seu carro estava, e então eu comecei a me perguntar como ele tinha me encontrado aqui, mas decidi não tocar nesse assunto, era melhor ouvir o que ele falaria e me livrar logo.
- Entra!
Ele falou destravando o carro.
- Não, tô bem aqui.
Eu me encostei na porta do passeiro.
- Você tá marreta, hein?
Ele disse e deu uma risada leve.
Eu não falei nada, apenas dei um sorriso de lado.
- Cá, você sabe que eu me arrependo por ter feito tudo que eu fiz contigo, eu não queria ter feito nada daquilo... Eu sei que devia ter me explicado enquanto você ainda tava nos Estados Unidos, mas eu acabei ficando sem coragem, tinha medo do que pudesse acontecer comigo. Mas eu quero te pedir perdão, depois que eu te perdi, depois que eu cai em si e vi a burrada que havia feito, eu me arrependi e muito.
Suspirei.
- Se arrependeu do que? - Perguntei.
- Das nossas brigas, da traição...
Eu dei uma risada baixa e irônica.
- Das outras coisas que você fez comigo não?
- Camila, eu ficava irritado, você sabe.. não era por mal.
Eu balancei a cabeça negativamente.
- Tudo bem. Você tá perdoado, Diego. - Falei.
Imediatamente um sorriso se abriu em seus lábios.
- Então, você ainda me ama? Você vai voltar pra mim?
Eu dei novamente uma risada irônica.
- Eu disse que você está perdoado, Diego, não que vamos voltar. Nem hoje, nem amanhã, nem se fosse tivesse falado comigo antes de eu vir embora, nem nunca. Acabou. Entende isso, coloca na sua cabeça: ACABOU! Me deixa em paz, vai ser feliz, com certeza vai achar alguém que te aceite do jeito que você é, que seja submissa a você, eu não sou essa pessoa!
Falei e me virei pra sair dali, mas ele segurou o meu braço dessa vez com um pouco de força.
- Eu não vou desistir de você, eu já falei.
Ele disse em um tom de voz mais rude e mais alto. O olhar dele mão me engava, eu sabia que a raiva já havia o dominado por completo. Eu sabia que o Diego odiava ser contrariado, ainda mais nessa situação.
Fiquei calada pra não piorar as coisas, ele levou as duas mãos sobre meus braços e me segurou forte, dou uma mexida em meu corpo, me fazendo ir pra frente e pra trás.
Diego era esperto e muito ágil, num movimento rápido ele prende as minhas duas mãos em uma só dele, nas minhas costas, enquanto a sua outra mão eu sentia passar pela minha barriga por cima da blusa.
- Vamos ter uma despedida pelo menos?
Ele falou e eu neguei com a cabeça. Jamais me entregaria a ele novamente.
Ele apertou com mais força as minhas mãos, e tirou a minha blusa de dentro do meu shorts, fazendo a sua mão tocar a minha pele por baixo da mesma. Aquilo me arrepiou, mas um arrepio de medo.
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Tem que ser você.
RomanceCamila e Guilherme nasceram no Brasil, mas ainda muito pequenos mudaram-se para Nova York com seus pais devido a negócios. Sempre cresceram aprendendo além de inglês a língua portuguesa. Guilherme com 17 anos decidiu vir estudar no Brasil e se adapt...