Capítulo 57

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  Pedro me olhou assustado.
- Amor, não vamos comer isso no almoço. - Falou.
- Qual o problema? - Perguntei.
Ele parou o carro no semáforo e me olhou.
- Isso não é almoço, Camila. Vamos a algum restaurante. Quer ir lá no Bistrot?
Eu ouvi aquilo e bufei.
- Eu não quero restaurante caro, Pedro. Qualquer comida pra mim tá boa.
Falei um pouco alterada. Percebi o olhar de Pedro sobre mim, e com certeza seria de reprovação.
Ficamos em silêncio e eu encostei a cabeça no vidro do carro. Meus pensamentos voaram longe... Com certeza se fosse o Rodrigo, ele iria comer cachorro quente comigo seja qual for a hora. Acabei sorrindo sozinha por lembrar do quanto a gente adorava comer isso e o quão bem nos dávamos. Estava a um dia sem vê-lo e já estava com saudades.
- Camila, tá me ouvindo?
Acordei dos meus pensamentos com o Pedro me chamando.
- Oi. - Falei.
- Nós chegamos já, tava pensando em que? - Ele falou.
- Nada.
Falei e abri a porta pra descer do carro, ele rapidamente veio me ajudar.
Só quando estávamos entrando no restaurante, percebi que era exatamente o mais caro que ele queria me levar.
Bufei e percebi algumas pessoas olhando pra mim com as muletas, mas não liguei.
- Eu falei que não queria vir aqui!
Eu disse depois que nos sentamos em uma das mesas.
- Aqui é ótimo, amor. É o melhor da região.
Ele sorriu.
- Você não me entende, quer tudo do seu jeito. - Falei.
- Eu só queria te agradar. - Disse.
- Me agradar trazendo aonde eu disse que não queria vir. - Falei e sorri ironicamente.
- Todas as meninas adoram esse restaurante e..
Dei uma gargalhada, interrompendo ele.
- Você tá me comparando com as putas que você trazia pra cá?
O olhei.
- Olha o escândalo, Camila. - Ele disse e apertou minha mão.
- Ah, esqueci que você se preocupa demais com outros.
Eu disse e tirei minha mão debaixo da dele.
- E vê se para de me comparar com as putas que você come! - Falei em tom mais baixo.
- Você sabe que desde que estamos sério eu não fiquei com mais ninguém.
- E tá achando ruim? - Eu disse grossa.
- Se eu tivesse achando eu não taria contigo. - Falou.
Eu suspirei e peguei o cardápio. O garçom se aproximou e nós fizemos o pedido.
Não demorou muito pra comida vir.
Comemos sem trocar nenhuma palavra, quando estava terminando o meu suco, Pedro puxou uma das minhas mãos, deixando a sobre a mesa e ficou acariciando.
- Eu não quero brigar contigo! - Ele falou.
Eu suspirei.
- Só queria te agradar, acabei errando, mas não foi por mal.
- Tudo bem, Pedro. Deixa pra lá.
Falei e sorri, acariciando sua mão também.
- Me perdoa mesmo? Eu amo você! - Falou.
- Sim, tá tudo bem. Também amo você, amor. - Falei.  

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