Tem que ser você.

Capítulo 52

- Clá, você falou com o André? 

Perguntei ainda deitada na cama, enquanto ela e a Lua estavam se arrumando pra ir embora.
- Falei sim, ele falou que não tava afim de fazer o trabalho. - Falou.
Bufei.
- Então tá, eu faço sozinha e coloco o meu nome apenas. 
Falei dando de ombros e as meninas riram.
- Calma. Passei seu número pra ele, ele disse que ainda essa semana te liga. - Clara falou.
Eu apenas assenti.
- Tem certeza que não tem problema você ficar sozinha? - Lua falou.
Eu sorri.
- Não amiga, vai despreocupada. Daqui a pouco um do meus homens chega. - Falei rindo.
Me despedi das meninas e voltei mancando pro quarto.
Confesso que eu já não estava aguentando mais ficar mofando em casa e o pior: sem poder andar.
Peguei meu celular e disquei o número do Pedro.
- Oi loirinha. - Ele atendeu.
- Aonde você tá? - Perguntei.
- Exatamente na porta da sua casa! - Falou.
Eu ri.
- Eu acabei de fechar a porta pras meninas, não mete essa. - Falei.
- Eu acabei de trombar com elas. Volta aqui e abre. 
Ele falou rindo.
Eu desliguei o telefone e fui novamente mancando pra sala.
- Pedro, você vai ter que me levar no colo agora porque...
Eu falava enquanto abria a porta, mas parei quando o vi em minha frente.
- Pe-Pedro, o que é isso? - Falei.
- Pra você!
Ele deu aquele sorriso encantador dele, e eu me derreti toda.
Peguei o buquê de flores e fiquei sorrindo feito uma boba.
- Tem mais uma coisa aqui que eu acho que você vai gostar mais ainda.
Ele falou e eu percebi que ele estava com uma das mãos atrás das costas escondendo algo.
- O que é? - Falei curiosa.
- Posso entrar pelo menos? 
Pedro disse e eu rindo, dando espaço pra ele.
- Aqui!
Ele falou e tirou de trás das costas uma caixa de pizza, o que me fez rir.
- Você me conhece como ninguém, né? - Falei.
Agarrei no pescoço dele e o enchi de selinhos.
- Eu amo você! - Falei.
Pude ver os olhinhos dele brilhando. 
- Eu também amo você, loirinha.
Sorri.
- Até que enfim você apareceu, eu não aguento mais ficar em casa. - Falei.
Pedro riu.
- Eu imagino. Você é toda inquieta, estar com o pé assim deve tá sendo uma tortura! - Falou.
Coloquei as flores em cima do balcão, depois eu arranjaria um vaso pra elas.
- Como foi na prova hoje?
Perguntei enquanto estávamos comendo a pizza.