Capítulo 171

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CARALHO! De onde essa menina ressurgiu? Ela não tinha ido embora pro exterior?
Era isso que eu me perguntava enquanto tomava um banho pra tirar toda aquela água salgada do corpo. Assim que terminei, dei uma secada rápida com a toalha e enrolei a mesma na minha cintura, indo até o meu quarto. Entrei no mesmo e ouvi meu celular apitar, desbloqueei ele e era uma mensagem de um número desconhecido, mas identifiquei que era a Lua assim que li a mesma. Ela tinha me passado o endereço de onde tava morando, e pelo que me lembro, não era o mesmo lugar em que morava antes. Não respondi, apenas bloquei o celular novamente e o joguei na cama.
Vesti uma cueca e uma bermuda, dei uma leve secada com a toalha no cabelo e fui até a cozinha.
- Achei que não ia vir almoçar mais!
Minha mãe falou se sentando na cadeira.
- E precisa me esperar pra almoçar? - Falei.
- Precisa!
Meu pai falou entrando na cozinha, em um tom sério, mas logo deu risada.
- O que tu queria falar comigo?
Perguntei colocando a comida no meu prato.
- Eu quero que você vá se preparando pra assumir a empresa. - Falou.
Eu o olhei assustado.
- Como assim, pai? Eu ainda nem terminei a faculdade! - Falei.
Ele deu uma risada leve.
- Se acalma... Eu só quero que você vá ficando mais por dentro de tudo que acontece lá, como se estivesse estagiando pra aprender tudo que eu faço, entende? 
Ele falou e eu assenti.
- Já estou ficando velho e sem paciência pros negócios, e não tem ninguém melhor pra por em frente a empresa do que você. Vou esperar até que você termine a faculdade, ou pouco antes, acredito na sua capacidade. 
Ouvir aquilo do meu pai me deixou realmente feliz. Afinal, tudo que eu sempre quis foi dar orgulho aos dois, mas principalmente do meu pai. Eles não falavam, mas eu sabia que pensavam que eu não levaria nada a sério, por ser mulherengo e festeiro, e hoje eu os dou orgulho. Não tem sentimento melhor!
Enquanto continuávamos almoçando, meu pai foi me dando algumas orientações sobre a empresa, me falando que mesmo de férias ele me deixaria por dentro de tudo.
Depois que terminamos de almoçar, eu fui pro meu quarto e tirei um bom cochilo, já que eu nunca podia dormir a tarde, faria isso todos os dias possíveis agora.
(...)
Acordei com o meu celular tocando, ou melhor, esperneando, procurei ele pela cama, ainda com os olhos fechados e atendi.
- Oi..
Falei com a voz sonolenta.
- Fala brother! Tá dormindo seu viado?
- Cuzão! Valeu por me acordar.
Falei e o Guilherme riu do outro lado da linha.
- Bora pro bar hoje? - Falou.
Abri os meus olhos lentamente.
- Olha pra minha cara de quem vai ficar de vela! 
- As meninas não vão, só nós três, como nos velhos tempos...
- Aí sim, hein.. que horas? - Falei.
- As 21! A gente se encontra lá, jae? - Falou.
- De boa, mano! Flw! 
Desliguei o celular e olhei a hora no visor, eram exatamente 15:30. Coloquei o mesmo pra despertar as 16:30, e voltei a dormir.

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