Tem que ser você.

Capítulo 121

Rodrigo falou colocando apenas a cabeça pra dentro do quarto. Eu dei um risada baixa.
- Senta aqui!
Falei e dei uma batida leve na cama, indicando o local pra ele. Ele sorriu e entrou se sentando ali.
- Eu já comi, tô só brincando com você, galega.
- Galega? Essa é nova pra mim!
Falei e soltei uma risada.
- É a mesma coisa que loira, eita! 
Falou rindo também.
- Gostei!
Sorri pra ele e voltei a comer. Depois de acabar, fiz questão de levar a bandeja até a cozinha, mesmo o Rodrigo falando que não precisava. Lavei o que havia sido sujo e guardei as outras coisas. 
- Seu apartamento ficou pronto?
Eu perguntei me sentando no sofá ao seu lado.
- Ficou!
Ele falou e sorriu.
- Gostou?
- Ficou lindo!
Falei dando uma olhada rápida em volta da sala. A decoração da sala dele havia mudado, tinha tons de marrons, preto e bege, estava bem masculino mas com um toque de elegância. 
- Vou mudar na próxima semana, ainda falta terminar algumas coisas no meu banheiro.
Ele falou e eu sorri.
Ficamos um tempo em silêncio até Rodrigo quebra-lo com o que eu mais temia.
- Você já pode me contar o que acontece ontem.
Ele afirmou e não perguntou, seu olhar sério estava totalmente focado em mim.
- Rodrigo, eu não quero falar disso.
Eu desviei meu olhar pra tv.
- Você vai fugir até quando? Até acontecer de volta? - Falou.
- Não vai acontecer!
Respondi rapidamente.
- E quem te garante? Você devia temer pela sua segurança, mas se nem você faz isso, não sou eu quem vou fazer. 
Ele falou e suspirou.
- A hora que você quiser ir, eu te levo.
Rodrigo levantou do sofá e foi em direção ao seu quarto.
Eu suspirei e fiquei pensando no que fazer. Rodrigo tinha razão em ficar chateado, afinal, ele me ajudou, viu o estado em que eu estava e com certeza ficou preocupado. E eu, bom, eu precisava tomar uma atitude se eu realmente quisesse que o Diego saísse da minha vida.
Levantei do sofá e ajeitei meu vestido. Segui até a porta em que o Rodrigo entrou, dei apenas uma batida e entrei. Ele estava sentado na beirada da cama, com as mãos apoiadas sobre as pernas tapando seu rosto. 
- Rodrigo.
Falei baixo ainda parada na porta. 
Ele levantou o rosto e seu olhar encontrou com o meu.
- A gente pode conversar? - Falei.
Ele apenas assentiu e se ajeitou na cama. 
Eu caminhei até ele e me sentei em sua frente, com uma das minhas pernas dobras e meu corpo em cima da mesma.