Meu celular tocada desesperadamente no quarto e eu estava no meu banheiro terminando de secar meu cabelo.
- Pronto!
Atendi um pouco afobada.
- Oi amiga.
Era a voz da Clara do outro lado, e não estava nem um pouco animada.
- Que voz é essa? - Perguntei.
Ela suspirou.
- Só fiz merda ontem. - Falou.
Eu soltei uma risada baixa.
- Vem aqui pra casa e você me conta. - Falei.
- Não quero correr o risco de encontrar seu irmã, vem você aqui, eu tô sozinha, a gente pede algo pra comer.
- Tudo bem, daqui a pouco chego ai.
- Beijo.
Desliguei o telefone e só penteei meus cabelos, afinal eles já estavam praticamente secos.
Passei uma maquiagem bem leve, me perfumei e peguei meu celular com minha carteira.
- Gui, tô indo na Clara, tá?
Falei enquanto o Guilherme estava jogado no sofá vendo tv.
Ele apenas assentiu e eu sai do apartamento.
Fiquei parada em frente ao elevador, esperando o mesmo e mexendo no celular até que ele abriu.
Como eu estava distraída, caminhei rapidamente até ele, mas esbarrei em alguém.
Levantei meu olhar pra ver quem era, e um sorriso automático apareceu no meu rosto.
- Desculpa, Ro.
Falei sem jeito.
- Não foi nada, Cá. - Ele falou.
Nossos olhares ficaram fixados por alguns instantes até eu levar o meu até a sua boca. Minha vontade de beija-lo estava ultrapassando os limites.
Suspirei um pouco forte e ele deu um sorriso de lado.
- Ainda não terminamos o que começamos.
Ele sussurrou enquanto saia do elevador.
Eu entrei no mesmo um tanto quanto mexida e as portas se fecharam.
Em alguns minutos eu estava no apartamento da Clara.
- CARALHO, sua cara está péssima!
Falei entrando na sala.
- Obrigada por avisar, mas eu já me olhei no espelho hoje.
Ela falou e eu dei risada.
- Grossa!
Me joguei ao seu lado no sofá.
- Tô perdida!
Ela falou e deitou.
- Conta! - Falei.
Peguei uma almofada e fiquei segurando, enquanto apoiava meus pés na mesa de centro da mesa e observava sem atenção a televisão ligada.
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Tem que ser você.
RomanceCamila e Guilherme nasceram no Brasil, mas ainda muito pequenos mudaram-se para Nova York com seus pais devido a negócios. Sempre cresceram aprendendo além de inglês a língua portuguesa. Guilherme com 17 anos decidiu vir estudar no Brasil e se adapt...