- Guilherme, atende a mãe no skype! - Gritei.
Voltei a me jogar na cama. Eu tinha acabado de falar com a minha família e com a Manu, eu estava me sentindo super bem, mas eu ouvi meu celular berrando dentro da bolsa.
Quando peguei ele, era o Pedro. Rejeitei a chamada e só então percebi que tinha 5 perdidas dele.
Não estava nem um pouco afim de me estressar com ele novamente, então só coloquei o mesmo no silencioso e joguei na cama.
Minha barriga começou a roncar e me deu uma vontade incontrolavel de cachorro quente.
- Eu tô saindo, logo volto.
Falei saindo do apartamento sem ao menos ouvir a resposta do meu irmão.
Fui caminhando com um pouco de pressa até a barraquinha mais próxima, assim que cheguei fiz meu pedido e peguei uma coca.
Não demorou muito pra ficar pronto, eu me sentei num dos banquinhos que tinha por ali e comecei a comer, mas parecia que algo estava faltando, não tava tendo tanta graça assim comer cachorro quente...
E ai eu me lembrei o motivo: Rodrigo. Sem ele estava estranho estar ali!
Espantei esses pensamentos e terminei de comer, voltando pra casa rapidamente, afinal já estava tarde.
Entrei em casa e segui direto pro meu quarto, escovei meus dentes, coloquei um pijama e fui pra cama.
Fiquei mexendo no meu celular até ouvir alguém bater na porta.
- Entra! - Falei.
- Oi maninha... A gente pode conversar?
Guilherme disse entrando no quarto.
Eu fiquei um tanto quanto espantada, mas dei de ombros.
- Tô curiosa! - Falei me sentando na cama.
Ele riu.
- Nem sei como te falar isso. - Falou.
Eu arqueei minha sobrancelha sem entender.
- É sobre a Clara. - Continuou.
Eu abri a boca fazendo um O.
- Você está apaixonado por ela? - Falei.
Ele suspirou.
- Eu não sei.. Gosto dela, sabe? De estar com ela, de nós dois juntos, do jeito dela, tudo, mas tem tanta coisa envolvida. - Disse.
- Que coisas? - Perguntei.
- Outras pessoas, Cá. Eu sinto que ela não quer ser de uma pessoa só e nem eu sei se quero me prender agora, mas só de imaginar ela com outro, me sobe o sangue..
Ele disse e passou a mão pelos cabelos.
- Vocês são iguaizinhos! - Falei e ri. - Mas eu vou tentar te ajudar, tá? Saber o que ela sente pelo menos.
Ele sorriu.
- Brigada, Ca, sabia que ia poder contar contigo.
Guilherme falou e se aproximou me abraçando e dando um beijo na minha testa.
- Sempre que precisar! Lembra quando a gente era pequenos que não nos desgrudavamos? - Falei.
- Nós eramos muito cumplices!
Dei risada.
- Era divertido demais! Sinto saudades. - Falei.
- Eu também. A mãe e o pai tão vindo pra cá logo, né? - Falou.
- Aham, acho que pra minha formatura. - Sorri.
- Falando em formatura, fiquei sabendo do que aconteceu na loja.
Arqueei a sobrancelha.
- Clara me contou. - Falou e riu.
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Tem que ser você.
RomanceCamila e Guilherme nasceram no Brasil, mas ainda muito pequenos mudaram-se para Nova York com seus pais devido a negócios. Sempre cresceram aprendendo além de inglês a língua portuguesa. Guilherme com 17 anos decidiu vir estudar no Brasil e se adapt...