Capítulo 08

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Chegamos no apartamento dele.
- Pronto. - Sorri forçado pra ele. - O que você quer?
- Pera ai.. - Ele se retirou da sala seguindo até seu quarto. Não demorou muito e ele voltou, ele estava com uma sacola dessas de papelão na mão. - Está aqui. - Ele me entregou. Eu olhei pra ver o que tinha e estavam minhas roupas, minha sandália e minha bolsinha com cartão e celular. Não acreditei. Ele guardou isso pra mim. Fiquei sem jeito.
- Hum.. Obrigada, Rodrigo. - Sorri e me aproximei. Dei um beijo em sua bochecha e voltei a dar um passo pra trás.
O celular dele tocou e era meu irmão. Ele disse que passaria me pegar dali 20 minutos. Nós nos sentamos no sofá e ficamos vendo tv no maior silêncio.
- E o carinha da balada? Já viu ele de volta? - Ele me olhou cínico.
- Não e nem pretendo. Foi só um pente e rala. - Eu falei e sorri cinicamente.
- Tô ligado nesse pente... - Ele soltou uma gargalhada e voltou a olhar pra tv. Provavelmente ele tinha visto o que rolou, enfim, não falei mais nada. Logo meu irmão deu um toque no celular dele, pois o meu estava desligado.
- Valeu mesmo por ter guardado minhas coisas. - Disse parada na porta e olhando fixamente pra ele.
- Não tem de que, Camila. - Ele falou sério.
Entrei no carro do meu irmão e ele já começou o interrogatório.
- Porque Rodrigo te trouxe até aqui? - Ele falou ligando o carro novamente.
- Ele precisava me entregar minhas roupas e meu celular. - Disse enquanto colocava o cinto.
- E precisava vir aqui no apartamento dele pra isso? - Ele me olhou sério.
- Não sei, Guilherme. Pergunta pra ele. - Falei irritada.
Guilherme me deixou em frente ao nosso prédio e foi pra balada, ele disse que não dormiria em casa hoje. Tá né?!
Assim que entrei no apê corri colocar meu celular carregar. Tinha mil mensagens e ligações, respondi algumas e segui pro meu quarto colocar um pijama. Vesti um bem curtinho e solto, afinal, o calor estava quase insuportável.
Deitei no sofá e fiquei vendo tv, estava quase pegando no sono quando minha campainha tocou. Bufei e me levantei indo em direção a porta. Olhei pelo olho mágico e era a Clarinha.
- E ai gostosa. - Eu falei dando espaço pra ela entrar.
- Oi amoreca. - Ela me olhou de cima a baixo. - Hello, né?! Bora colocar uma roupitcha e vamos pra party! - Eu dei risada.
- Nem morta.
- Ai Cami, vamos pra uma festinha comigo. É uma balada sertaneja, os meninos já foram, por favor. A Lua foi pra casa do pai dela hoje e você eu sei que é minha parceira.. - Ela fez carinha de cão sem dono.
- E a senhorita quer ir tanto nessa balada porque? - A olhei desconfiada.
- Por nada.. - Ela se fez de desentendida e eu fiz um gesto com a cabeça. - Tá Camila, é porque quero ver o Felipe e tal.. - Soltei um riso.
- Ah não, vocês tão se pegando?
- AINDA não. Mas você vai na balada comigo e vai me ajudar. Anda vai se arrumar.. - Ela foi me empurrando pro quarto.
Eu estava morta de preguiça e ainda com a ressaca da noite anterior, mas ajudaria minha amiga, né?!

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