Capítulo 23

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Ele encarou o mar e deu um suspiro forte.
- Desculpa por tudo. Tô sendo um baita de um babaca tendo essas atitudes contigo.. Nunca fui assim, nunca, Camila. A parada é que eu fico com raiva de ti, você me encara, você bate de frente comigo, você é toda marrentinha e não é como todas essas meninas ai.. 
Eu sorri ao ouvi-lo.
- Desculpa também, Rodrigo. Não sei porque a gente vive em guerra.
Nós nos olhamos e rimos.
- Vem cá, gordinha.
Ele envolveu os braços sobre mim e me puxou pra perto dele.
- Gordinha é a mãe!
Falei brava o fazendo rir.
- Ah.. deixa eu adivinhar uma coisa.
Ele falou e eu o olhei.
- Você estava indo comprar cachorro quente a hora que eu te atropelei, certo?
Fiz um movimento com a cabeça afirmando e ele riu.
- Eu sabia! Gordinha! Bora lá?
- Só vou aceitar porque estou morta de fome.
Levamos da areia e seguimos até o carrinho.
- Você tá todo melado de katchup.
Falei rindo da cara dele que tinha katchup até no nariz.
- Você tá super diferente de mim, né, lindinha.
Ele falou irônico e eu me olhei no vidro do carrinho, realmente eu estava toda melecada.
Foda-se. Terminei de comer meu segundo cachorro quente assim como Rodrigo. Limpei toda aquela sujeira com guardanapos.
- Que delicia!
Falei enquanto caminhávamos no sentido do meu prédio.
- Mano, você comeu dois, tem noção? Tá quase pior que eu.
Eu revirei os olhos.
- As princesinhas que saem com você só comem metade por causa da dieta?
Ele riu.
- As princesinhas que saem comigo só querem restaurante caros.
Eu o olhei.
- Nunca trouxe ninguém pra comer cachorro quente?
- Não, você foi a primeira.
Fiz um O com a boca, o fazendo rir.
- Está entregue, madame! 
Rodrigo falou quando paramos em frente prédio.
- Sobe um pouquinho. - Pedi.
Ele me olhou estranho.
- Tá querendo abusar do meu corpo?
Eu dei uma gargalhada.
- Otário! Claro que não. Só que... eu assisti um filme de terror, ai você sabe, né. - Falei envergonhada.
- Não, pera. Tu tá com medinho?
Eu assenti e ele riu.
- Para de rir, seu babaca! - Gritei e dei uma tapinha de leve em seu braço.
- Olha só, me xingando, me batendo, é desse jeito que quer me convencer que eu suba? - Ele fez cara de ofendido e eu revirei os olhos.
- Para de frescura e vamos. - Falei.

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