Capítulo 179

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Não demorou praticamente nada pra que a porta fosse aberta, porém, me assustei assim que vi que era meu pai quem segurava na maçaneta da mesma. Ele estava com um sorriso nos lábios, uma aparência um pouco mais velha, mas com o mesmo ar de charmoso de sempre.
- Enfim resolveu visitar a família!
Ele falou abrindo os braços e num impulso, eu o abracei, acabei até esquecendo que a Camila estava do meu lado. Senti aquele abraçado bem diferente dos poucos que já havíamos dado, parece que agora realmente tinha sentimento de pai e filho.
- Senti a sua falta.
Meu pai sussurrou enquanto estávamos abraçados e eu respirei fundo. 
Desfizemos o abraço e eu sorri sincero pra ele.
- Pai, essa é minha namorada. 
Falei e a Camila deu um passo a frente.
- Prazer, Camila.
Ela falou e sorriu, estendendo a mão pro meu pai, que fez o mesmo.
- O prazer é meu, Camila. Estevão!
Ele sorriu e apertaram as mãos.
- Vamos entrar? Sua mãe está eufórica te esperando.
Meu pai falou e deu uma risada leve, dando espaço para entrarmos. Caminhei até o meio da sala e parei ali, a situação não estava tão agradável, eu não me sentia tão em casa e meu pai parece ter adivinhado isso. 
- Rodrigo, essa casa também é sua, então fique a vontade!
Ele falou e eu sorri em agradecimento.
- Mãe tá na cozinha? - Falei.
Ele assentiu e eu caminhei ainda de mãos dadas com a Camila, em direção a cozinha, mas fomos interrompidos pela minha mãe que nos encontrou.
- MEU AMOR!
Ela veio em nossa direção e a Camila soltou a minha mão, enquanto eu abri meus braços assim como ela e nos abraçamos. 
- Que saudade!
Ela falou e eu sorri, desfazendo o abraçando e beijando a sua testa.
- Sinto muito a sua falta, mãe! - Falei.
- Ai meu Deus! Essa é a minha norinha? 
Disse de um jeito eufórica e eu afirmei com a cabeça.
- Seja bem vinda, minha querida! 
Dona Roberta falou e eu percebi as bochechas da Camila corarem.
- Já viu a sua irmã? - Falou.
- Não e nem sei se eu quero. - Falei.
- Rodrigo! 
Camila falou me repreendendo e a minha mãe soltou uma risada baixa.
- É isso ai, Camila, coloca jeito nesse menino. - Disse.
- Agora vai virar um complô? Que injustiça.
Falei fazendo manha.
- Parece que as visitas chegaram!
Ouvi uma voz que não me era estranha próximo da escada e suspirei, nós três viramos pra olhar e a minha mãe sorriu.
- Jade! Venha cumprimentar seu irmão e a sua cunhada.
Eu tinha medo de como ela me trataria, afinal, nossas últimas conversas ou tentativas de conversas, não haviam acabado nada bem.
Assim que ela desceu do último degrau, ela andou apressadamente, digamos que chegou até a correr, em minha direção, e eu me surpreendi quando ela pulou no meu colo, envolvendo as suas pernas na minha cintura e me abraçando forte.
- Você não sabe o quanto me fez falta nesses anos.
Jade falou e eu sorri, sorrio do jeito mais sincero e a abracei ainda mais forte.
- A partir de hoje eu não desgrudo mais de você, baixinha! - Falei.

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