Beijos e Aposta

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POV Lauren

-Lolo? - Faço um som nasal, enquanto estou de olhos fechados, aproveitando aquele abraço de onde não quero mais sair. - Quem é Ally? - Ouço o nome de minha amiga num tom meio amargo... Isso é ciúmes?

-Uma amiga, Camz.

-Hm... - Sim, isso é ciúmes! - Você tava achando que era ela nas mensagens...

-Sim. Só minha família e ela que tem meu número. - Ela se remexe desconfortável atrás de mim. - Aliás, como você conseguiu meu número?

-Achei no celular da minha irmã. Essa Ally deve ser importante, né? Pra ter seu número... -Ela retira seu rosto de meu ombro e se joga na cabeceira, tirando os braços da minha cintura.

-Camz, você quer perguntar alguma coisa? - Me acomodo de novo em seu colo e puxo suas mãos para minha cintura, mesmo que ela esteja relutante.

-Não. Só estou comentando... - Tenta tirar seus braços de novo, mas os seguro. Com uma mão seguro a almofada e me giro, ficando de frente para a Latina.

-Camz, a Ally é uma amiga, aliás, a minha única amiga. Amiga virtual, por sinal. Nunca nem nos vimos.

-Eu não perguntei nada, ué. - Diz ela puxando os braços e cruzando-os na frente do peito e virando ligeiramente o rosto em direção à janela.

-Eu tô falando. - Estico minhas mãos e descruzo seus braços. - Olha para mim. - Ela continua sem olhar. - Por favor. - Peço com a voz manhosa e ela cede, virando o rosto em minha direção. - Não precisa ficar com ciúmes. Sério. Eu conheci ela por acaso e, basicamente, falamos só sobre livros. Ela nem sabe o que eu sou. Te apresento ela se quiser, mas desfaz esse bico.

-Eu não tô fazendo bico nenhum. - Diz virando o rosto para a janela novamente.

-Tá sim. Vou morder esse bico se não tirar ele do rosto! - Ela apenas revira os olhos e continua emburrada.

Achando fofo sua carinha emburrada por conta do ciúmes, vou em direção a ela, seguro seu rosto e mordo seu bico. Ela ri quando percebe o que fiz e tenta me empurrar, mas seguro mais forte, deixando várias mordidas pelos seu rosto, enquanto ela se debate, tentando se livrar do meu ataque.

Eu vou em direção aos seus lábios e deixo outra mordida e em seguida, contorno seus lábios com minha língua e logo ela cede passagem para que minha língua invada sua boca. Suas mãos que estavam nos meus ombros me empurrando, agora estão enrolados em meu cabelo, aprofundando o beijo. Enquanto nossas línguas duelam, ela desliza uma mão até minhas costas e me puxa para colar nossos corpos.

Quando nossos corpos se chocam, percebo que, em algum momento a almofada saiu do lugar e que ele está encostando nela. Reúno o pouco de força de vontade que me resta e tento me afastar, mas ela me prende em seus braços, não querendo que eu interrompa o beijo. Sem forças para me afastar, permaneço em seus braços, porém ela me puxa mais para ela e, sem que eu controlasse, solto um gemido aflito e ouço o mesmo barulho fugindo de sua garganta.

Ela puxa os fios de cabelo da minha nuca e eu levo minha mão até sua costela, espalmando minha mão e apertando. Sua mão vai até a base das minhas costas e me puxa em sua direção, enquanto movimenta seu quadril em minha direção, causando um atrito maior nele.

Como se um raio me acertasse, me afasto rapidamente, pegando a almofada e me cobrindo. Não consigo olhar para ela, mas de canto de olho, percebo sua respiração tão ofegante quanto a minha.

-Rápido demais. - Ouço a voz ofegante.

-Rápido demais. - Digo, pressionando a almofada.

-Vem cá. - Ela estica os braços para que eu sente entre suas pernas novamente, como estávamos antes desse ataque. Seus braços cercam minha cintura e seu rosto pousa em meu ombro, deixando seu rosto colado ao meu.

Voltando a ViverOnde histórias criam vida. Descubra agora