Visitando a mamãe

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POV Lauren

-SOFIA? - Pergunto incrédula, quando eu chego na sala e vejo a menina na sala, ao lados dos meus pais sorridentes.

Chris, que dava passos desanimados no corredor, desce as escadas veloz e puxa Sofia para um abraço apertado. Meu coração se aperta no peito… Eu estou feliz por ter Sofia em casa, mas quero minha latina de volta, quero abraçar ela assim, sentir seus braços me apertando.

-Que? Como? - Chris pergunta abobado, ainda apertando minha cunhada em seus braços.

-O advogado é amigo do Juiz e explicou tudo o que realmente aconteceu e ele mandou chamar a Sofia pra explicar tudo. Quando ela falou que a assistente  estava apenas fazendo uma retaliação, por causa do que aconteceu com o filho, o Juiz ficou totalmente puto da vida, mandou dar a guarda definitiva da Sofia pra gente e disse que vai investigar a conduta daquela mulher, já que ela ficou pressionando ele pra assinar o despacho pra buscar Sofia. - Minha mãe diz com um sorriso vitorioso.

-Caraca, que sorte! - Chris diz alegre.

-Sofia? - Taylor chama baixinho e minha cunhada levanta o olho. - Eu queria pedir desculpa pelo que aconteceu. Será que um dia você consegue me perdoar?

-Você não tem culpa pela mãe que eu tenho. Quanto às coisas que você disse pra Cami, só ela pode dizer alguma coisa. Eu não tenho nada a te desculpar. - Sofia diz calma. Me pergunto quantos anos essa menina realmente tem, puta merda!

-Obrigada. Eu vou falar com ela, assim que ela acordar! - Sofia desvia o olhar quando Taylor termina de falar. - Hey! - Sofia levanta os olhos de novo. - Ela vai ficar bem, não como eu sei, mas ela vai! - Sofia dá um sorriso fechado.

-Um problema a menos. Agora falta trazermos só a outra Cabello! - Meu pai suspira.

-Chris? - Chamo e ele me olha. - Será que você pode ficar cuidando da loja? Faz dias que eu não mexo e não vou ter cabeça agora, não com a Camz lá. Eu te ensino o básico e…

-Pode deixar, cera de vela. Eu cuido, sim. - Dou um sorriso agradecida. - Bem vinda de volta, Sofia.  - Ela dá um sorriso simples e eu me afasto, seguindo de volta para o quintal.

Me sento perto da parede e, em instantes, ouço a porta se abrindo, mas não me preocupo em ver quem é. A pessoa se aproxima de mim e, pelo cheiro amendoado, percebo que é minha mãe, mesmo sem olhá-la. Sem dizer nada, ela me puxa para seu colo, me abraçando carinhosamente. Eu afundo meu rosto em seus seios e desabo em um choro desesperado. Pelo balançar de seu corpo, sei que ela está chorando também. É incrível como, com algumas pessoas, a gente não precisa dizer nem ouvir nada para entender o que está acontecendo.

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Outra vez não consigo deitar na cama, a sua presença, pelo seu cheiro, é forte demais e me sufoca. Me contento em deitar no sofá, onde seu cheiro é quase nulo. Dormir não é bem a palavra, estou apenas fechando os olhos e dando pequenos cochilos. A manhã chega, depois de uma eternidade e eu me levanto, subindo até o quarto vazio para tomar banho.

Voltando a ViverOnde histórias criam vida. Descubra agora