Voltando a Viver

Hospital

POV Lauren

Cadê a Camila? Fico olhando para casa, de onde Camila já deveria ter saído.

Não aguentando mais esperar, me levanto e, ignorando os chamados, entro na cozinha. Cozinha que está vazia. Minha pulsação começa a acelerar até que ouço gritos vindos do andar de cima. Sou capaz de ouvir minha mãe, meu pai e minha irmã. Mas nada de Camila.

Acelero o passo, passando por uma sala vazia, subo os degraus da escada correndo e entro no meu quarto. Que está vazio. Banheiro vazio. MERDA!

Volto para o corredor e vou até o quarto de Taylor, socando a porta e interrompendo os gritos.

-O que é isso, Lauren? Perdeu os modos? - Minha mãe surge vermelha, mas ignoro a bronca.

-A Camz, mãe. Ela sumiu! - Ela arregala seus olhos e eu não preciso dizer mais nada. Corro até meu quarto, pegando a chave do carro da Camz e desço as escadas, encontrando todos parados na sala, assustados com minha repentina aparição.

-A Camila sumiu. Vou procurar ela! - Digo saindo pela porta, deixando todos para trás. Entro no carro da latina e, assim que saio da garagem, não sei para que lado ir. Dou um murro de desespero no volante, tentando controlar o medo de algo ter acontecido com minha namorada.

Dinah aparece do lado da porta, sinalizando para que eu saia do carro. Atrás dela, estão todos os outros apreensivos.

-Filha, vamos sair em duplas. A Taylor vai com você, eu vou com sua mãe, Dinah vai com Normani e Chris vai com a Sofia. - Meu pai diz. - Cada dupla vai para um direção. Ela saiu a pé, não deve estar longe. Assim que alguém souber qualquer coisa, avisem na hora!

Em poucos instantes, meu pai coordena a direção que cada dupla vai seguir, sendo que eu vou carro de Camz, Chris no carro da minha mãe, meus pais no carro do meu pai e Dinah no carro dela. Em menos de dois minutos todos já saímos de casa e seguimos pela rua. A cada pessoa que passamos, Taylor se debruça na janela para perguntar se alguém viu a latina, recebendo recusa atrás de recusa.

Aperto o volante com força, fazendo os nós dos meus dedos ficarem brancos. Virando uma rua após a outra, meu coração começa se apertar com medo de não achar a latina e eu soco o volante, depois de receber mais uma negação de um cara de bicicleta.

-Merda. Isso é culpa SUA! Se você não tivesse sido tão babaca, ela estaria em casa em segurança. - Grito para Taylor, que trava o maxilar. - Eu juro pra você Taylor Nicole. Se alguma coisa acontecer com ela, você MORREU pra mim, entendeu?

Sem esperar uma resposta, apenas piso no acelerador. Depois de uns 5 minutos andando por ruas aleatórias, recebendo recusa atrás de recusa, uma senhorinha de cabelos brancos cacheados com uma camiseta regata listrada de branca e vermelha nos diz que viu uma latina correndo na rua de baixo e que ela até chamou por ela, mas foi ignorada.

Com um fiapo de esperança no meu peito, sigo na direção apontada pela senhora em alta velocidade. Prestando atenção em cada rosto, mas nenhum é o da latina.