Entendendo Taylor

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POV Lauren

-Calma, Lolo. Não tira nenhuma conclusão precipitada! - Olho pra ela incrédula.

-Precipitada? Eu achei o celular dela perto da merda de uma mancha de sangue e estou sendo precipitada?

-Sim, você não sabe o que aconteceu, vai ver ela só se cortou e acabou perdendo o celular, sei lá. - Respiro fundo pra não acabar soltando minha frustração em cima dela.

-Camz, eu sei que você está tentando ser otimista, mas não vai adiantar. Ela tá desaparecida e machucada. E a culpa é minha. - Seguro as lágrimas e engulo seco. - Mas, saber que a culpa é minha, não vai trazer minha irmã de volta.

Pego meu celular e ligo imediatamente para minha mãe, em seguida meu pai e, depois, para Chris. Informo a todos onde estou e eles dizem que já estão a caminho.

O primeiro a chegar é meu pai, aparentemente ele estava mais perto, mas, em seguida minha mãe chega. Menos de dois minutos, Chris aparece com Sofia.

Eu, que até então estava calada, ignorando as perguntas, por não querer ter que repetir a história, assim que Chris chega, respiro fundo.

-A Taylor esteve aqui! - Digo baixo, sentindo um nó na minha garganta me asfixiando.

-Que? - Chris é o primeiro.

-O que você tá falando, Lauren? - Meu pai é o segundo.

-Cadê ela? - Minha mãe diz, já deixando as lágrimas correrem.

-Eu… Eu não sei onde ela tá. Mas ela veio aqui. Achei o celular dela.

-Então ela está perto! - Chris diz animado e eu engasgo.

-Não é… - Não consigo terminar de falar e as lágrimas me atrapalham e calam.

-Não é só isso. - Ouço a voz da Camz. - Perto do celular, a gente achou uma mancha que… Parece sangue. - Ela diz baixo, mas todos conseguem entender cada palavra.

Minha mãe entra em um choro desesperado e me abraça com força. Nós duas nos agarramos com medo, raiva, dor. Tudo misturado e tudo doendo em cada fibra nossa.

-Temos que chamar a polícia. - Ouço a voz de meu pai depois de um tempo. Olho em sua direção e, apesar da sua voz calma, seus olhos exalam desespero.

Nós não dizemos nada. O único som é o das águas batendo nas pedras e do meu pai chamando a polícia. Instantes depois, a polícia chega e então, a perícia é acionada e o local isolado. Mesmo contra minha vontade, sou obrigada a entregar o celular para a polícia.

Vamos todos à delegacia, onde somos ouvidos e, como “descobridoras” do local, Camz e eu somos as primeiras a ser ouvidas.

Depois de explicar detalhes de tudo que aconteceu desde o sumiço da minha irmã, inclusive que mandei ela sumir da minha frente, os policiais me liberam e, sem termos mais o que fazer por ali, depois de todos sermos ouvidos, vamos para casa.

Voltando a ViverOnde histórias criam vida. Descubra agora