Crise

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ATENÇÃO:

Esse capítulo tá MUITO pesado e com gatilhos, se você pode ser afetado, peço que não leia.

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POV Lauren

Assim que eu acordo, a primeira coisa que eu percebo é que a cama está gelada. Cadê a Camila? Abro os olhos assustada e procuro pela latina pelo quarto, sem sucesso. Levanto da cama rapidamente e vou até a porta do banheiro que está fechada.

-Camz? - Silêncio. - Camila?

-Oi, Lolo. - A voz trêmula já me diz que tem algo errado.

-Camz, o que tá acontecendo? Abre aqui pra mim.

-Nã… Não ac-conteceu nada, Lolo.

-Camz, não mente pra mim. Abre aqui a porta, amor. - Silêncio de novo. - Camz? - Nada. - Sai de trás da porta! - Aviso e já tomo distância necessária. Se eu não estivesse tão apavorada, eu riria pela frequencia que eu tenho me preparado para derrubar uma porta.

-Não precisa, eu só… Vou tomar um banho. - Sua voz falha entrega que algo de muito errado está acontecendo.

-Sai de trás da porta.

Antes que ela pudesse dizer algo, eu avanço contra a porta, jogando todo meu peso. Mas ela nem se mexe, só faz um barulho alto. Irritada por não ter conseguido, me afasto e, com mais raiva, tomo outro impulso e me jogo contra a porta e, com uma ardência absurda no meu braço, a porta cede com um estrondo. Mas ignoro a dor e varro o local com meus olhos e vejo a latina sentada no canto do box, me encarando com os olhos arregalados.

Desço meus olhos pela latina e a encontro completamente nua, com os braços e mãos sujas de sangue, com uma lâmina entre os dedos. Como que atingida por um choque, ela paraliza e eu me jogo para perto dela, segurando sua mão com cuidado e retirando a lâmina, jogando longe.

Me sento ao seu lado e a puxo para mim, abraçando-a com cuidado e pegando seus braços para analisar a extensão das feridas. Em instantes, ouço passos agitados.

-Que merda tá acontecendo? - Ouço minha mãe reclamar.

-Lauren, tá tudo bem? - Ouço meu pai.

Ignorando os chamados, me estico e pego uma toalha para enrolar nos braços da latina.

-Meu Deus! O que aconteceu? - Minha mãe se aproxima, segurando o outro braços e limpando gentilmente o outro braço.

-Não sei. Molha esse pano! - Estendo o pano para ela, que logo pega, me entregando o outro que ela usava.

-Cami? - Sofia se aproxima de nós e começa a cuidar do outro braço

-Vem, Chris. Se precisar levar no médico, eu tô esperando lá embaixo! - Meu pai diz, mas todas ignoramos e ele sai andando com meu irmão.

Voltando a ViverOnde histórias criam vida. Descubra agora