A rebeldia e a liberdade de Carina eram os seus guias na vida, até que um dia todos os limites foram ultrapassados e se viu jogada em um mundo que para sobreviver teria que dominá-lo. Assim nasceu a Ángel, líder de um dos cartéis mais violentos da C...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Estava há oito anos no FBI, três casos de sucesso como agente infiltrado, minha vida corria como planejado. Vivendo a tradição familiar entre forças armadas e polícia.
Filho de uma brasileira com um americano, eu era fruto de um casamento que surgiu por um encontro bem aventureiro no Brasil, no final da década de oitenta, em uma situação que os meus pais jamais revelavam com detalhes.
Eu e meus dois irmãos podíamos nos considerar pessoas de sorte pela família que possuíamos, mesmo levando em conta todas as cobranças.
Meu pai hoje era o supervisor chefe do FBI, responsável por crimes hediondos ligados a narcóticos e homicídios. Meu irmão mais velho, Fred, estava como supervisor da divisão de homicídios e todos esperavam que com o meu próximo caso ocupasse a chefia da divisão de narcóticos.
— Amanda, destruir esse cartel é algo bem complicado de fazer. Se não tivermos total apoio da Interpol e da polícia colombiana será praticamente impossível. Disse para minha noiva enquanto tomávamos um café em um barzinho na orla carioca. Estava no Rio de Janeiro há alguns meses, preparando-me para o plano de captura.
— Daniel, teremos todo apoio necessário e colocaremos essa vagabunda na cadeia — disse exaltada.
— Terá que conter o seu ânimo quando estivermos no reduto da Ángel, não poderá deixar evidente o quanto a despreza. — disse.
— Sei disso. Essa será a minha experiência como agente infiltrado, por isso foi um esforço convencer os superiores de podia acompanhá-lo. Mas você tem muita experiência e poderá me ajudar — observou.
— Não é usual noivos trabalharem infiltrados. Mas a sua experiência na selva da Colômbia e com a cultura do lugar, faz toda a diferença, além do mais é a mais qualificada pela Polícia Federal brasileira. Completei com um sorriso, segurando a sua mão.
Ela sorriu de volta e se esticou para me beijar.
— As primeiras informações que temos da Ángel dizem que ela é brasileira. Comentou, quando nos afastamos.
— Sério?! Perguntei curioso.
— Isso, o que me deixa intrigada em saber como acabou sendo líder de um cartel colombiano?
— Se conseguirmos realizar o que estamos planejando, nos aproximaremos dela. Agora, você sabe que o nosso noivado, ou melhor, o que temos juntos, não pode influenciar na emboscada, estamos indo como irmãos. Avisei.
— Fala quanto a envolvimento sexual? — perguntou, observando-me.
— Se necessário. Por exemplo, Rico é o nosso melhor contato e está preparada para convencê-lo a fazer a ponte entre nós e a Ángel.
— Você está preparado para me ver beijar outro homem? — perguntou maliciosamente.
— Não, é por isso que estamos tendo essa conversa. Há um objetivo na missão e somos policiais dispostos a fazer com que seja cumprido. — disse sério, afinal, para o que faríamos, não existia lugar para ciúmes e tínhamos objetivos para cumprir.