DANIEL

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DANIEL

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DANIEL

Tinha que manter vivo na minha cabeça que os momentos com a Ángel eram exclusivos do mundo que criávamos quando estávamos juntos e, quando nos separávamos, cada um tinha que voltar para a sua vida, ela, uma líder de cartel, e eu, o policial que tinha a missão de prendê-la.

Analisei as informações que chegaram sobre o ataque da Ángel às gangues e claramente dava para perceber que se tratava de acerto de contas. Com tudo isso, era fácil constatar que foi um golpe limpo e direto, não havia o exagero de violência que notávamos em situações parecidas.

Estava na Colômbia para prendê-la, porém o tempo em que estávamos juntos me fez observar melhor sua forma de agir. Analisando friamente, ela se posicionava como uma empresária cuidando dos seus negócios, não a psicopata sanguinária que acreditávamos diante das investigações que fizemos a seu respeito. O problema da Ángel era que não tinha o direito de matar pelos seus negócios.

Os dias transcorreram corridos entre o plano para entregar a carga da Ángel na África, a prisão dos seus intermediários e ainda a vigília em cima do Rico para descobrirmos sobre o tráfico de armas.

Amanda estava incumbida de estreitar os laços com a Luzia, era bom lhe dar uma tarefa longe da base, afinal o clima entre nós estava péssimo desde que pedi um tempo e da sua chantagem velada caso a mandasse embora da Colômbia.

Aquela missão estava custando um alto preço, desde me transformar em um submisso a abalar sensivelmente o meu noivado.

Conversando com os policiais responsáveis por seguirem os venezuelanos, soube que os homens da Ángel, por volta das sete da noite, passaram pelo hotel e os levaram com destino incerto, pois não conseguiram acompanhá-los.

— Como não conseguiram? — perguntei desapontado.

— Daniel, caso seguíssemos o carro, seríamos comprometidos, fora que os homens da Ángel são perspicazes quando o assunto é virar fantasma.

— O Rico estava entre eles?

— Não — afirmou.

— Está bem, continue com a campana e veremos se conseguimos mais informações.

Eles deixaram a sala e Joaquim se aproximou, pensando no que também estava imaginando.

— A Amanda tem que conversar com a Luzia.

— Sei disso. Falarei com ela para dar um jeito de sabermos mais — respondi secamente.

— Algum problema entre vocês? — questionou.

— Pedi um tempo e a Amanda está uma fera — disse. Achei por bem não contar a Joaquim o total teor da nossa conversa.

— Ela tem de entender, é o melhor para a missão.

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