Medidas a tomar

180 39 14
                                    

14- DANIEL

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

14- DANIEL

Estava na casa que alugamos, checando alguns dados que conseguimos sobre o Benício, quando o Guillermo me telefonou marcando um encontro.

— Estou na rua no momento, mas podemos nos encontrar daqui a meia hora no meu hotel.

— Perfeito.

— A Ángel? — perguntou Amanda quando desliguei.

— Claro que não. Ela tem o Rico e o Guillermo para colocar o que quer em prática.

— Pelo visto, fecharão negócio. Disse Suarez.

— É, veremos como de fato trabalham.

Segui para o hotel, e Guillermo me esperava na recepção.

— Quer beber alguma coisa? — perguntei, tentando ser simpático.

— Claro, por que não? — perguntou, analisando-me explicitamente.

Enquanto tomávamos uma tequila e conversávamos amenidades, Guillermo trouxe os negócios à tona novamente.

— A Ángel está disposta a negociar com você, receberá a mercadoria em breve. Esse valor... — Mostrou-me um papel com o preço deles. — É o nosso preço de venda, e deve ser pago da seguinte forma: dentro de trinta dias, a metade dele acrescido de vinte e cinco porcento do total e, no mês seguinte, o restante com mais vinte e cinco porcento do total.

— Cobram oficialmente cinquenta por cento de lucro? — perguntei sabendo que tinha que portar como negociante que sabe bem a mercadoria que está comprando.

— Isso mesmo.

— Dois meses é um prazo pequeno. Quero falar com a Ángel sobre isso — disse, sabendo que precisava mantê-la envolvida na negociação.

— Com quem acredita que está lidando? Não negociamos bananas. A Ángel me contou a sua história, mais um motivo para eu ficar me perguntando o porquê de exigências sem sentido, parece inexperiente — disse Guillermo, observando-me com frieza.

Percebi na hora que ela o mandou para entregar a mercadoria para que fizesse uma análise, evitando a influência que o Ernesto tinha sobre o Rico.

Porém tinha noção do quanto precisava mantê-la na jogada, por isso, não pensei muito sobre o meu uso de palavras, o que me levou a desviar a situação para outro lado.

— Sabe o que aconteceu ontem na boate? — perguntei, olhando-o.

— Sei, jogou com a Ángel. E, pelo que ela me disse, você fez questão de dizer que seria uma vez.

— E é por isso que se afastou e está colocando essas regras? Ela não quer me encarar? — disse, provocando-o.

Sabe quando você está cercado e precisa de algo para sair, aquele foi o meu argumento.

ÁngelOnde histórias criam vida. Descubra agora