Uma salsa...

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DANIEL

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DANIEL

Sentia que todos da minha equipe estavam ansiosos para saber qual seria a atitude da Ángel. Porém podia garantir que ninguém estava mais do que eu.

Lembrei de cada segundo ao lado daquela mulher, da maneira que ela me submeteu... eu tinha de admitir, pelo menos para mim, que gostei da experiência.

Quando, ao final do dia, meu telefone tocou e vi que era a Ángel, sabia que o jogo estava começando. Confesso que era muito estranho não dar as cartas, mas o pior seria me submeter a alguém que nem de longe era digna da minha confiança.

Pela minha cabeça, passavam-se muitos cenários. Eu previa que desta vez ela não estava disposta a facilitar e não sabia se poderia colocar limites, já que na nossa primeira vez, para mostrar que era digno, abri mão de todos os limites.

As suas frias e precisas instruções ao telefone mostravam muito bem que não facilitaria em nada para mim, mas entrei no jogo e sabia que aquela era a melhor chance de me aproximar da Ángel à distância suficiente para lhe morder a mão como disse Joaquim.

Cheguei ao clube com Amanda e Joaquim. Assim como Ángel explicou que aconteceria, um escravo da casa me aguardava com ordens para me levar até uma das mesas do salão. Percebi pela localização que a ideia era me colocar em evidência, como um animal em exibição dentro da jaula. Sem dúvida estava me transformando em um pet.

Era uma sensação horrível, aumentando a cada segundo e tomando fortes proporções, principalmente quando Amanda e Joaquim não puderam se sentar ao meu lado.

Ela me queria impotente e ainda tinha que agradecer por não ter me colocado em nenhuma das gaiolas que estavam espalhadas pelo salão.

Em um clube BDSM como o de Benício, era algo normal encontrar escravos sendo punidos por seus senhores com a prisão na gaiola. Eu mesmo já prendi algumas submissas daquele jeito, o problema é que nunca me vi no lugar de uma delas, e a ideia me fazia pensar que, ser um pet da Ángel, não seria nada fácil.

Quando ela chegou ao clube, foi fácil descobrir, afinal todos se mantinham em expectativa em relação à Ángel, inclusive líderes de outros cartéis. Tinha que admitir que aquela mulher dominava de uma forma que era difícil tentar escapar.

Usava um vestido vermelho com um corpete até a cintura, de onde descia uma saia de várias pontas em um tecido mais fino que, com toda certeza, fazia o observador pensar sobre algo mais. O batom vermelho nos lábios me fez perder mais tempo do que deveria olhando para a sua boca.

Caminhou em minha direção com o andar de uma gata prestes a dar o bote, montou em meu colo, acomodando-se bem em cima do meu pau e, pela maneira que me olhou, deixou claro que aquela noite não seria nada fácil.

Deixei evidente que senti a sua frieza, porém ela não suavizou com palavras nem gestos.

O beijo que me deu em seguida era um teste para ver se estava tendo consciência de que aquela noite diria "sim, senhora" muitas vezes, caso contrário, poderia de fato esperar a punição.

ÁngelOnde histórias criam vida. Descubra agora