12 - DANIEL
Olhava para mim e pensava: o que estava fazendo? Como cedi a tudo aquilo? E o pior, por que estava querendo me entregar daquele jeito? A vontade de tocá-la estava se tornando insana, mas tinha que me lembrar que aquela mulher não era qualquer uma, e sim a líder do cartel que vim capturar.
As unhas dela pelo meu corpo estavam ativando sensações que nem sabia que tinha. As chicotadas e as palmadas, primeiro, me provocaram ódio, depois, queria transformar aquele sentimento em fúria, mas as algemas não permitiam que me mexesse, restava apenas aceitar, ou seja, submeter-me ao demônio em forma de mulher que me olhava como uma tigresa prestes a devorar a sua presa. E eu era a presa.
Sabia que ela não abriria mão da humilhação e nunca contar até cinco se tornou tão longo e demorado, mas, quando terminou, descobri que segundos poderiam ser eternos.
Ela se aproximou, ergueu os braços e, pegando outras correntes, içou-se o suficiente para enlaçar a minha cintura. Apoiando-se em mim e nas correntes do teto, beijou-me, o tipo do beijo que tem o poder de levar mais de você do que apenas saliva. Por um momento, percebi que seria muito difícil vencer aquele jogo.
Depois do beijo, ela desceu suavemente pelo meu corpo, o suficiente para que seu rosto se alojasse no contorno do meu pescoço. Seu cheiro tomou meu corpo e meus sentidos. Naquele instante, a sua doçura, seguida das palmadas que me deu, me fez perder o foco e implorei.
— Por favor, minha senhora, me solte, quero tanto tocá-la — disse rouco, deixando que o instinto me controlasse por completo.
Ela desceu até o chão e soltou as correntes nas quais se apoiou. Enroscou as tiras que saiam da coleira em suas mãos que estavam no meu pescoço e, olhando-me sem dizer uma única palavra, bem devagar, se ajoelhou aos meus pés.
Passou a língua por todo o comprimento do meu pau, depois, abrindo bem a boca, colocou a cabeça e chupou, avançando mais um pouco. Estava tão bom que não segurei o gemido, percebi que ela sorriu. Subiu mais um pouco e meus suspiros e sua sucção eram facilmente ouvidos naquele quarto. Quando comecei a me empolgar, descobri para que serviam as tiras. Ela as puxou, e o susto me fez perder o foco, mas não me deu tempo de pensar, continuando o melhor boquete que já tinha recebido na minha vida. O problema era que, à medida que me perdia no ato e tentava virar o jogo, as cordas eram puxadas, lembrando-me que era apenas um brinquedo para o seu divertimento, gozando ou gemendo apenas se ela me permitisse.
Senti o meu pescoço se apertar, mas a minha atenção estava toda para o que aquela maldita boca fazia e a pergunta sobre o que a Ángel faria depois.
Em um determinado momento, ela parou em algum lugar atrás de mim, folgou as correntes o suficiente para que eu pudesse obedecer à próxima ordem.
— De joelhos — disse, e caminhou para a minha frente quando obedeci. Em seguida, abriu o zíper da saia, tirou-a e ficou completamente nua.
Segurei o ar, ela era linda, com cada curva no lugar certo. Olhei para os seus seios, desci pelo seu umbigo e cheguei ao seu sexo com pelos bem rasteiros, imaginando e, para o meu desespero, querendo a minha boca naquele lugar.
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Ángel
Literatura FemininaA rebeldia e a liberdade de Carina eram os seus guias na vida, até que um dia todos os limites foram ultrapassados e se viu jogada em um mundo que para sobreviver teria que dominá-lo. Assim nasceu a Ángel, líder de um dos cartéis mais violentos da C...