DANIEL

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Estava bem perto de enlouquecer com tudo que ela fazia comigo. Jamais me imaginei ficar completamente sem controle como agora, aquilo me assustava ao mesmo tempo em que era bom apenas agradá-la.

Nunca tive intimidade suficiente com minhas ex-namoradas, incluindo Amanda, para experimentar o beijo grego. Por isso não esperava me aventurar dessa forma com a Ángel. Mas quem eu estava querendo enganar? Estava mais que decidido que eu era dela.

Ela me estimulou a tal ponto que sabia que gozaria naquele momento, mas repentinamente parou o que fazia, deixando-me completamente confuso.

Não tinha como questionar nem ver o que ela fazia, restava-me apenas esperar, felizmente não demorou muito, ela tirou a mordaça da minha boca e me beijou como se quisesse até mesmo a minha alma.

— Não sei se merece gozar. Poderia deixá-lo desse jeito e usar apenas quando quisesse — disse próximo à minha boca.

Faltava muito pouco para o meu gozo, ela sabia disso. Uma das maiores diversões do BDSM era dificultar o orgasmo para que se tornasse extremamente intenso quando acontecesse. A Ángel abusava dessa ferramenta.

— O que quer? — perguntou próximo à minha boca.

— O que a senhora quiser — disse, sabendo que precisava gozar e bater de frente com ela seria de grande burrice.

— Bom garoto — disse e afastou-se, ouvi que ela arrastava algo até onde estava preso.

Quando ela se aproximou, percebi pelo barulho que havia trazido uma cadeira. Tirou a venda dos meus olhos e vi que estava completamente nua.

Impossível não olhá-la com desejo, queria muito aquela mulher e sentir o seu gosto.

Ela sentou-se bem à minha frente, beijou-me da mesma maneira que antes e quando se afastou abriu as pernas dando-me a visão completa do seu sexo e, como um animal faminto, salivei de fome.

— Sabe o que fazer — sussurrou e não foi preciso que repetisse.

Alonguei um pouco o pescoço e me ajustei para que a minha língua pudesse invadir os seus grandes lábios e sentir o seu canal.

Mordisquei, chupei e me excitei com os seus gemidos ao ponto que gozei quando a fiz gozar. Nunca senti tanto prazer em dar prazer a alguém.

— Não disse que podia gozar, tinha que esperar a minha ordem — disse ela, segurando os meus cabelos.

Prendi o ar, nervoso com a situação e preocupado realmente que ela me rejeitasse.

— Perdão, senhora — disse em um sussurro rouco.

Ela me olhou em silêncio apenas me observando, depois me beijou com o desejo que estava me excitando ao máximo, em seguida, afastou-se dos meus lábios e acertou-me uma bofetada e assim seguiu: um beijo de sugar a minha alma e um tapa que, para o meu azar, estava me excitando para cacete.

Em um determinado momento, que não sei mensurar, ela parou, levantou-se, abriu as algemas que prendiam meus tornozelos e pulsos e, antes de livrar o meu pescoço, pegou a coleira.

— Se tivesse me obedecido, sairia do brinquedo andando, mas como não cumpriu a minha ordem continua de quatro.

Ela me levou até uma cadeira.

— Sente-se — disse, soltando a coleira.

Fiz o que mandou, esperando o que viria a seguir.

Ángel pegou três algemas e com elas prendeu meus tornozelos. Puxou os meus braços prendendo os meus pulsos.

ÁngelOnde histórias criam vida. Descubra agora